Segundo o Ministério da Educação, a medida atrapalha o aprendizado dos alunos e prejudica as pessoas com deficiência mental
Linguagem de gênero neutro é prejudicial ao aprendizado, avalia o Ministério da Educação da França |
A França proibiu a linguagem de gênero neutro em escolas do país. Segundo comunicado emitido em 6 de maio pelo Ministério da Educação, a escrita inclusiva não é apenas contraproducente ao movimento que visa a combater eventuais discriminações sexistas, mas também é prejudicial à prática e à inteligibilidade da língua francesa.
“Ao
defender a reforma imediata e abrangente da grafia, os promotores da
escrita inclusiva violam os ritmos do desenvolvimento da linguagem de
acordo com uma injunção brutal, arbitrária e descoordenada, que ignora a
ecologia do verbo”, asseveram Hèlene d’Encausse, secretária da Academia Francesa, e Marc Lambron, diretor da Academia Francesa.
De
acordo com o documento, a igualdade entre homens e mulheres deve ser
construída, promovida e garantida pelo país, mas sem sujeição à
linguagem neutra. “Essas armadilhas artificiais são
inoportunas e atrapalham os esforços dos alunos com deficiência mental
admitidos no âmbito do serviço público”, encerra o comunicado.
Edilson Salgueiro - RevistaOeste
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