sábado, 6 de fevereiro de 2021


Madrugada sem fim, e eu trabalhando,
neste cubo de luz fluorescente,
espetado na agulha do presente,
resistindo, vivendo, agonizando...
Trinco os dentes, digito, mesmo quando
meu salão-de-pensar fica às escuras...
E eu me digo: “Poeta, o que procuras
só em ser procurado está perdido...
E o silêncio da noite é que tem sido
testemunha das minhas desventuras.”
 
(Mote: Severina Branca, via Zeto. Glosa: Bráulio Tavares)

 

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