Nos anos 40, apesar do fim da ditadura Vargas, o poder político era definido segundo a vontade dos “coronéis”, no interior.
Era o caso de São Caetano, no agreste pernambucano. Lá, mandava o “coronel” João Guilherme.
Na primeira eleição após o Estado Novo, ele destacou capangas para o trabalho, digamos, de “boca de urna”: ficavam nas proximidades dos locais de votação perguntando aos eleitores se eles votariam no candidato do coronel.
Se a resposta fosse “não”, os eleitores ouviam a “sugestão”:
“Acho melhor o senhor não votar, não. É para não atrapalhar a democracia”.
Cláudio Humberto - DiáriodoPoder
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