A lindeza da atriz Kirsten Dunst dá um vexamezinho de nada e é o maior escândalo de mídia. Repare que pezinho mais sexy. Beijaria até o solo, como o papa.
A moça só bebeu, dançou, rodopiou, foi feliz, perdeu um sapato e foi embora com o melhor dos sorrisos da Califórnia.
Nem ressaca moral coube à moça nesta sexta. Deixa quieto. Esquece. Como no melhor papel dela no cinema, foi apenas um “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças”.
Eu aprecio o escândalo celebrativo das mulheres.
Quem não tem na família ou no grupo de amigos uma mulher que bebe e tira a roupa atire o primeiro sutiã neste cronista.
É um clássico.
É uma das cenas mais lindas e chapantes da admirável e nada bucólica paisagem humana.
Porque não é nada simples, amigos.
Não é safadeza propriamente dita, não é aparecimento, não é um ato contra a moral e os bons costumes.
Está mais para o sagrado, mas isso também é pouco, não explica direito.
É bonito, pronto, nada decifra, me devore como uma loba em pele de gata em teto de zinco quente.
É como se batesse um miserável calorzão da existência a pedisse o mais natural dos gestos de uma fêmea.
É como uma índia a caminho do afluente amazônico mais próximo.
É agora mesmo, nesta noite de sexta-feira, que uma mulher que bebeu mais uma caipirinha de frutas vermelhas vai tirar a roupa.
Porque a gente pressente, a terra gira mais avexada, o olho prescreve o belo episódio, blow up, depois daquele strip. Momento sublime movido a fome de viver e álcool.
E quando a escandalosa sobe na mesa é mais lindo ainda.
E a cara de marido tentando apagar aquele incêndio iluminado?
Mal sabe que, às sextas, até a virtude prevarica. Repara como as balconistas saem do trabalho no dia de hoje. Muito decote e batom vermelho.
Há pecado até nos “pescoções” -a longa jornada para fazer o jornal do domingo- de todas as casas impressoras.
Com lua cheia, então, valha-me Deus. É hoje.
Aos bares, às festas, aos espetáculo livre da vida.
Xico Sá
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