quinta-feira, 17 de março de 2011

No confessionário

- Padre, perdoe-me porque pequei (voz feminina) - Diga-me filha - quais são os seus pecados? -Padre, o demônio da tentação se apoderou de mim, pobre pecadora. - Como é isso filha? - É que quando falo com um homem, tenho sensações no corpo que não saberia descrever...
- Filha, apesar de padre, eu também sou um homem...
- Sim, padre, por isso vim confessar-me com o senhor.
- Bem filha, como são essas sensações?
- Não sei bem como explicá-las. Neste momento meu corpo se recusa a ficar de joelhos e necessito ficar mais à vontade.
- Sério?
- Sim, desejo relaxar. O melhor seria deitar-me...
- Filha, deitada como?
- De costas para o piso, até que passe a tensão...
- E que mais?
- É como um sofrimento que não encontro palavras.
- Continue, minha filha.
- Talvez um pouco de calor me alivie…
- Calor?
- Calor padre, calor humano, que traga alívio ao meu padecer...
- E com que frequência tem essa tentação?
- Permanente padre. Por exemplo, neste momento imagino que suas mãos massageando a minha pele me dariam muito alívio...
- Filha!
- Sim padre, me perdoe, mas sinto necessidade de que alguém forte me estreite em seus braços e me dê o alívio de que necessito...
- Por exemplo, eu?
- Sim padre, o senhor é da categoria de homens que imagino poder me aliviar.
- Perdoe-me minha filha, mas preciso saber sua idade...
- Setenta e quatro, padre.
- Filha, vá em paz que o seu problema é reumatismo . . .




Repassada por e-mail pela amiga Josélia

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