Quando as palavras não dizem
tudo eis que surge o silêncio como expressão. Quando o silêncio também teima em
nada dizer, o que nos resta é uma vontade incontida de chorar. Ainda bem que
Deus também criou as lágrimas como expressão.
Há pessoas que aportam em
nossa vida feito barquinho de papel navegando em riacho doce e, quando menos se
espera, aproxima-se calmo, silenciosamente. Sem vexame, baixa âncora e
tornam-se pinturas azuis colorindo o nosso céu. Foi nessa atmosfera que
encontrei José Camilo de Queiroz Júnior em minha vida, o nosso querido
“Juninho”, amigo de infância, sorriso largo, braços sempre dispostos ao
encontro do abraço. Não lembro-me de tê-lo visto triste ou irritado, não havia
espaço em seu coração para coisas menores.
Foi um homem grande na mais
ampla acepção da palavra. Custa-me caro essa despedida. Prefiro não fazê-la,
não escrever mais nada, parar por aqui. Amanhã, “Juninho”, nos encontraremos
para podermos dizer, entre sorrisos, que a morte perdeu o jogo e foi um grande
engano em sua vida, meu amigo!.
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