Alunos do curso de Rádio e Tv são os que tiveram pior colocação na pesquisa.
O resultado de uma pesquisa recente feita pelo Nube (Núcleo
Brasileiro de Estágios) chama a atenção: alunos do curso de Engenharia
de Produção cometem menos erros de português do que estudantes de
Letras.
Mais de 9 mil acadêmicos participaram do teste - era preciso completar uma sentença com 30 palavras consideradas 'do cotidiano'. Desses,
50,3% ficaram abaixo do nível tolerado, cometendo mais de sete deslizes
na ortografia. Em última colocação, estão os alunos de Rádio e TV.
Cerca de 74% desses acadêmicos foram reprovados no teste.
Preocupante
De acordo com a Nube, "estudantes do ensino médio técnico e regular
tiveram os níveis mais altos de erros, com 55,9% e 52,9% de reprovação,
respectivamente. Os melhores índices, por outro lado, ficaram com quem
já cursa uma pós-graduação, com somente 16,7% eliminados".
Outro fato preocupante é que, em comparação com o mesmo estudo feito
pelo núcleo em 2017, o número de resultados negativos aumentou. Alunos do ensino médio, técnico, graduação e pós-graduação participaram da pesquisa.
Na sequência dos piores resultados, após o grupo de Rádio e TV, ainda aparecem: 62,5%
dos estudantes de Biomedicina não passaram na avaliação; dos de
Administração, 57%; Direito, 54% e 50,4% dos alunos de Publicidade foram
reprovados.
Domínio é essencial
Recrutadora do Nube, Helenice Resende afirma que "o domínio das habilidades linguísticas é cada vez mais essencial para conseguir uma vaga no mercado".
"O domínio do português é exigido para todos os cargos. Mesmo em
ambientes onde a comunicação é pouco utilizada, clareza, coesão,
objetividade e coerência são essenciais”, reforça.
Aos candidatos e, inclusive, próprios alunos que já estão na academia, a recrutadora orienta a "leitura de livros, revistas e jornais com frequência", deixando de lado o "acesso exagerado a conteúdos informais, como os das redes sociais, pois podem confundir o leitor".
Segundo Helenice, "também é válido desativar o corretor
ortográfico automático, comum nos smartphones e procurar cursos,
aplicativos ou jogos voltados ao aprimoramento das suas capacidades
linguísticas".
Gazeta do Povo
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