domingo, 17 de dezembro de 2017

Pavilhão Nacional

Por esse nome se entende um dos símbolos nacionais, sua bandeira. A nossa foi oficialmente criada em 19 de novembro de 1889, substituindo a bandeira do Império do Brasil.
 
O conceito foi criado por Raimundo Teixeira Mendes, com a colaboração de Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Villares. É um dos símbolos nacionais brasileiros, ao lado do Laço Nacional, do Selo Nacional, do Brasão de Armas e do Hino Nacional.
 
O campo verde e o losango dourado da bandeira imperial anterior foram preservados – o verde representava a Casa de Bragança de Pedro I, o primeiro imperador do Brasil, enquanto o ouro representava a Casa de Habsburgo de sua esposa, a imperatriz Maria Leopoldina. O círculo azul com 27 estrelas brancas de cinco pontas substituiu o brasão de armas do Império. As estrelas, cuja posição na bandeira refletem o céu visto no Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1889, representam as unidades federativas - cada estrela representa um estado específico, além do Distrito Federal.
 
As palavras "Ordem e Progresso" são inspiradas no lema do positivismo de Auguste Comte: "L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but" ("O amor como princípio e a ordem como base; o progresso como meta").
 
Outro dias li nos jornais que há quem queira colocar o "amor" na frase da bandeira. Mais uma bobagem.
 
O objetivo desta minha arenga sobre a bandeira é para assinalar como os costumes e hábitos mudam em tão pouco tempo. Já foi os dias em que a bandeira era coisa sagrada, reverenciada com posturas solenes. Era crime, e acredito que continua sendo, qualquer desrespeito à aquele pedaço de pano que representa o país. Queimar ou ultrajar era pecado mortal. E nós brasileiros mais temíamos esse pavilhão, do que o amávamos. Ao contrário dos Estados Unidos onde cada cidadão demonstra seu amor pelo país portando uma bandeira, ou ostentando-a nas sacadas de suas casas ou janelas de seus veículos. Campanhas aqui foram feitas, e apesar das leis restritivas, o povo vem abraçando a bandeira de forma mais descontraída. Já não se vê polícia prendendo, ou alguém se ofendendo com moças de lindos corpos bronzeados usando a bandeira como canga para esconder um fio dental mínimo. Rapazes que jogam vôlei nas praias cariocas já andam com a bandeira brasileira nos ombros como se fosse um xale. Nada disso mais é "crime" lesa pátria, muito pelo contrário, demonstra amor de fato. Não é preciso escrever na bandeira. 
 
Eduardo P. Lunardelli

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