Cerca de 24 mil mulheres foram estupradas na Índia só em 2011
Muitos a chamaram de “coração valente” ou “filha da Índia”. Mais do que
motivar uma onda de orações e protestos em todo o país, a estudante de 23 anos
morta no sábado após ser estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Déli fez
o país se perguntar: “Por que a Índia trata tão mal as suas mulheres?”.
No país, não são raros os casos de aborto de fetos femininos, assim como os
de assassinato de meninas recém-nascidas. A prática levou a um assombroso
desequilíbrio numérico entre gêneros no país.
As que sobrevivem enfrentam discriminação, preconceito, violência e
negligência ao longo da vida, sejam solteiras ou casadas.
TrustLaw, uma organização vinculada à fundação Thomson Reuters, qualificou a
Índia como o pior lugar para se nascer mulher em todo o mundo.
E isso se dá em um país no qual a líder do partido do governo, a presidente
da Câmara de Deputados, três importantes ministras e muitos ícones dos esportes
e dos negócios são mulheres.
Apesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes
de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de
estupro – 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano
anterior.
Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as
vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de
familiares.
E não se tratam apenas de estupros. Segundo a policía, o número de sequestros
de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos
casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual,
5,8%, e nos de violência física, 122%.
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Fonte
Soutik Biswas, BBC, Nova Déli, Índia
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