segunda-feira, 11 de agosto de 2008


II

Madrugada de Treze de janeiro.
Rezo, sonhando, o oficio da agonia
Meu Pai nessa hora junto a mim morria
Sem gemido, assim como um cordeiro!

E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!
Quando acordei, cuidei que ele dormia
E disse à minha Mãe que me dizia:
“Acorda-o”! Deixa-o, Mãe, dormir primeiro!

E saí para ver a Natureza!
Em tudo o mesmo abismo de beleza
Nem uma névoa no estralado véu...

Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,
Como Elias, num carro azul de glórias,
Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!

(...)

Augusto dos Anjos

2 comentários:

Unknown disse...

A VIDA É ESTA VELA. (DE REPENTE...UUUFFF....)

Anônimo disse...

Traz erros na publicação. Melhor conferir antes.