quinta-feira, 13 de agosto de 2020

“Tudo o que tenho
não tem posse:

o rio e suas ocultas fontes,
a nuvem grávida de novembro,
o estilhaçar do riso em tua boca.

Só me pertence
o que não abraço.

Eis como eterno me condeno:
- amo o que não tem despedida.”

Mia Couto

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