Disse que nos anos 60 o
Botafogo tinha um meio de campo formado por Didi e Pampolini. O primeiro
era elegante e inteligente; o segundo raça e força. Numa determinada
partida onde o Botafogo sofria uma pressão enorme do adversário;
Pampolini gritou para Didi: “-Ô crioulo, vê se põe um pouco de força
nessa tua inteligência porque está difícil segurar os hôme”.
Gilvan contou também que o
técnico Gentil Cardoso, sempre que enfrentava times pequenos, fazia a
seguinte preleção para o elenco: “-Quero todo mundo indo e chutando a
bola para dento da área, de qualquer ângulo. Sabe como é, né, contra
time pequeno até bola na bunda é pênalti”.
Outra de Gentil Cardoso. O
famoso técnico treinava um grupo de juvenis ainda em experiência, entre
eles um rapaz alto e péssimo jogador. Quando se preparava para tirar o
perna de pau de campo, aproximou-se um senhor muito elegante que apontou
para o grandão e disse: “- Aquele é meu garoto, sempre quis que ele
crescesse e se tornasse um craque”. E Gentil, na bucha: “- Bem, pelo
menos ele cresceu”.
Gilvan também contou que um
dia encontraram-se Francisco Horta, presidente do Fluminense, e Vicente
Matheus, do Corinthians. Horta propôs a compra de um tal Rivelino, que
Gilvan garante ter sido um bom jogador, mas Matheus não concordou com a
venda. Ante a insistência do presidente do Fluminense, o “dono” do
Corinthians disse: “- Não vendo, Rivelino é inegociável”. Numa ultima
tentativa, Francisco Horta propôs o empréstimo desse tal Rivelino, ao
que Matheus encerrou ríspido a conversa: “- Olha aqui, ele é invendável e
imprestável”. E foi embora.
Se for para convencer a gostar de futebol com essas historias, pode esperar sentado.
Marcos Pires
Do Blog do Tião Lucena
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