quinta-feira, 31 de março de 2016

A morte que está morta

Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia - enfim - despertarás... 


E o que esperavas ser teu suspiro final
é o teu primeiro beijo nupcial! 


- Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim - tão bela?!
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti... 


E ela, sorrindo, compassiva e calma: 

- E tu, por que é que me chamavas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma... 


Mário Quintana

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