Chamava-se na verdade Jesuíno Alves de Melo Calado, nascido no ano de 1844. Era natural da zona do Patu, Estado do Rio Grande do Norte. O sítio Tiuiú foi seu reduto, firmando seu valhacouto inexpugnável na casa de pedra da serra do cajueiro, próximo ao local onde nasceu.
Fez-se chefe de cangaço devido intrigas com a família Limão, protegida por influentes potentados rurais das províncias do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Mello (1985, p. 92) afirma que “seus principais biógrafos são unânimes em reconhecer-lhe o caráter reto e justiceiro”.
Jesuíno Brilhante agiu no semi-árido da Paraíba e do Rio Grande do Norte, quando a instituição do escravismo ainda vicejava de forma proeminente, cuja estrutura refletia as exigências da classe dominante em fazer valer seus interesses, em detrimento de valores humanos.
Esse cangaceiro transformou-se em Robin Hood, intervindo em prol dos humildes em diversas oportunidades, com ênfase quando da grande seca de 1877-1879, atacando comboios de víveres enviados pelo governo imperial, distribuindo-os com famintos e desvalidos dos sertões ermos e esquecidos.
Mello (id.; ibid.) afirma ainda que “como principais asseclas podem ser mencionados seus irmãos Lúcio e João, seu cunhado Joaquim Monteiro e mais os cabras Manuel Lucas de Melo, o Pintadinho; Antônio Félix, o Canabrava; Raimundo Ângelo, o Latada; Manuel de Tal, o Cachimbinho; José Rodrigues; Antônio do Ó; Benício; Apolônio; João Severiano, o Delegado; José Pereira, o Gato; e José Antônio, o Padre.”
Entre as mais fantásticas de suas ações encontram-se o ataque à cadeia de Pombal, na Paraíba, no ano de 1874, e a resistência à prisão no Martins, Rio Grande do Norte, em 1876.
Embora tenha feito várias alianças com chefes políticos, a exemplo da firmada com o Comandante João Dantas de Oliveira, a fim de que houvesse condições de atacar a cadeia de Pombal, intuindo libertar o irmão e o pai que ali se encontravam prisioneiros, Jesuíno se indispôs com o mandonismo local devido sua ética cangaceira.
A negativa em assassinar eminente professor de nome Juvêncio Vulpis Alba, em Pombal, rendeu-lhe a inimizade com o todo poderoso Comandante João Dantas, o que resultou em conluio deste com o preto Limão para que o vingador sertanejo fosse assassinado.
Jesuíno morreu de emboscada na localidade de Riacho dos Porcos, em Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba, no final da seca de 1879-1879, atingido por carga de bacamarte disparada pelo Preto Limão, seu visceral inimigo.
por José Romero Araújo Cardoso
Fez-se chefe de cangaço devido intrigas com a família Limão, protegida por influentes potentados rurais das províncias do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Mello (1985, p. 92) afirma que “seus principais biógrafos são unânimes em reconhecer-lhe o caráter reto e justiceiro”.
Jesuíno Brilhante agiu no semi-árido da Paraíba e do Rio Grande do Norte, quando a instituição do escravismo ainda vicejava de forma proeminente, cuja estrutura refletia as exigências da classe dominante em fazer valer seus interesses, em detrimento de valores humanos.
Esse cangaceiro transformou-se em Robin Hood, intervindo em prol dos humildes em diversas oportunidades, com ênfase quando da grande seca de 1877-1879, atacando comboios de víveres enviados pelo governo imperial, distribuindo-os com famintos e desvalidos dos sertões ermos e esquecidos.
Mello (id.; ibid.) afirma ainda que “como principais asseclas podem ser mencionados seus irmãos Lúcio e João, seu cunhado Joaquim Monteiro e mais os cabras Manuel Lucas de Melo, o Pintadinho; Antônio Félix, o Canabrava; Raimundo Ângelo, o Latada; Manuel de Tal, o Cachimbinho; José Rodrigues; Antônio do Ó; Benício; Apolônio; João Severiano, o Delegado; José Pereira, o Gato; e José Antônio, o Padre.”
Entre as mais fantásticas de suas ações encontram-se o ataque à cadeia de Pombal, na Paraíba, no ano de 1874, e a resistência à prisão no Martins, Rio Grande do Norte, em 1876.
Embora tenha feito várias alianças com chefes políticos, a exemplo da firmada com o Comandante João Dantas de Oliveira, a fim de que houvesse condições de atacar a cadeia de Pombal, intuindo libertar o irmão e o pai que ali se encontravam prisioneiros, Jesuíno se indispôs com o mandonismo local devido sua ética cangaceira.
A negativa em assassinar eminente professor de nome Juvêncio Vulpis Alba, em Pombal, rendeu-lhe a inimizade com o todo poderoso Comandante João Dantas, o que resultou em conluio deste com o preto Limão para que o vingador sertanejo fosse assassinado.
Jesuíno morreu de emboscada na localidade de Riacho dos Porcos, em Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba, no final da seca de 1879-1879, atingido por carga de bacamarte disparada pelo Preto Limão, seu visceral inimigo.
por José Romero Araújo Cardoso