Assim que fecha a contagem
Tem candidato que diz:
– O filho de Zé Luiz
Não tá na minha listagem.
Como é que teve a coragem
De apertar minha mão,
Pedir chuteira e calção
E o voto não aparece.
Só comigo isso acontece
Quando acaba a apuração.
Tem candidato que diz:
– O filho de Zé Luiz
Não tá na minha listagem.
Como é que teve a coragem
De apertar minha mão,
Pedir chuteira e calção
E o voto não aparece.
Só comigo isso acontece
Quando acaba a apuração.
Aquele que se elegeu
Bota o som em toda altura
Abalando a estrutura
Daquele que não venceu.
E o infeliz que perdeu
Fica na decepção
Sofrendo do coração
Com cara de estressado.
E ainda fica quebrado
Quando acaba a apuração.
Bota o som em toda altura
Abalando a estrutura
Daquele que não venceu.
E o infeliz que perdeu
Fica na decepção
Sofrendo do coração
Com cara de estressado.
E ainda fica quebrado
Quando acaba a apuração.
O candidato arrasado
Um gozador lhe aborda
Vai logo falando em corda
Em casa de enforcado.
O infeliz derrotado
Com a listagem na mão
Soma seção por seção
Pra confirmar o tormento.
É esse o pior momento
Quando acaba a apuração.
Um gozador lhe aborda
Vai logo falando em corda
Em casa de enforcado.
O infeliz derrotado
Com a listagem na mão
Soma seção por seção
Pra confirmar o tormento.
É esse o pior momento
Quando acaba a apuração.
É o maior carnaval
Na casa do vencedor,
Na casa do perdedor
Uma tristeza total.
Chega um cabo eleitoral
Com uma conta na mão,
De bebida e refeição
Consumida pelo povo.
E não sobra nem um ovo
Quando acaba a apuração.
Na casa do vencedor,
Na casa do perdedor
Uma tristeza total.
Chega um cabo eleitoral
Com uma conta na mão,
De bebida e refeição
Consumida pelo povo.
E não sobra nem um ovo
Quando acaba a apuração.
Mundim do Vale
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