segunda-feira, 31 de outubro de 2022


Uma "entrada" para a grande Pirâmide de Quéops, também conhecida como a Grande Pirâmide de Gizé ou simplesmente Grande Pirâmide, é a mais antiga e a maior das três pirâmides na Necrópole de Gizé, na fronteira de Gizé, no Egito. É a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única a permanecer em grande parte intacta.

 
"Chegamos ao ponto em que coletivamente estamos fartos de tudo e individualmente fartos de estar fartos."

Lisboa, 13-10-1923
 
Fernando Pessoa
"O Caso Mental Português"

domingo, 30 de outubro de 2022

sábado, 29 de outubro de 2022

 


Hemetério José dos Santos (1858-1939) foi professor, gramático, filosofo e escritor maranhense. Nascido na cidade de Codó, no ano de 1858, Hemetério mudou-se para a província do Rio de Janeiro em 1875, aos 17 anos. 
 
Era filho do Major Frederico dos Santos Marques Baptisei, proprietário da fazenda Sam Raymundo, e de sua escrava Maria. Seu pai pagou seus estudos no Colégio da Imaculada Conceição, em São Luis. Na capital do Brasil Império em 1885 se casou com Rufina Vaz Carvalho dos Santos, neta do prestigiado tipógrafo Francisco de Paula Brito , pai da impressa negra brasileira,
 
Aos 20 anos de idade Hemetério já era professor de francês do afamado Colégio Pedro II. No colégio, foi professor de francês, onde foi visto pelo próprio imperador, que o elogiou. Sua esposa Rufina também ingressou na carreira de Professora na Escola normal da corte. 
 
Hemetério foi nomeado professor adjunto de língua portuguesa do Colégio Militar do Rio de Janeiro pelo Imperador Dom Pedro II, onde, mais tarde, tornou-se professor vitalício. Cursou a Escola de Artilharia e Engenharia, conquistou a patente de Major, obtendo, depois, o galardão de Tenente-Coronel honorário em 1920. 
 
A atuação de Hemetério como professor, ia além do fazer em sala de aula, pois o mesmo se utilizava desses e de outros espaços a fim de ministrar palestras e conferências a respeito do ensino e do combate ao Racismo de cunho eugenista. Na opinião de Sílvio Romero, Hemetério ombreava com Olavo Bilac, Graça Aranha, Aluísio e Artur Azevedo, no uso da palavra escrita.
 
Em seu ativismo, ele fez críticas a Machado de Assis, argumentando que o escritor teria ignorado os negros em sua obra, e quando os retratava, era de forma pejorativa (Machado se refere aos negros como vesgos e zarolhos, perpetuando a imagem preconceituosa vigente na literatura e na sociedade de seu tempo).
 
As opiniões sobre a obra literária de Machado lhe renderam a fama de polemista, sendo chamado de discutidor, o que lhe angariava antipatias.
 
A história de Hemetério, dá início a uma trajetória familiar de professores e funcionários da administração pública municipal que, de acordo com os padrões de seu tempo, construíram um legado que combinava boas qualidades profissionais, intelectuais e morais.
 
Hemetério foi fundador da Academia Brasileira de Filologia, ocupando a cadeira de número 25 do qual é patrono.
 
Teve Obras publicadas como : Gramática Elementar da Língua Portuguesa; O livro dos Meninos; Gramática Portuguesa; Segundo Grau Primário; Pretidão de Amor (conferencias literárias); Carta aos Maranhenses; Da construção Vernacular; Gramática Portuguesa: adotada na Escola Normal do Distrito Federal; Frutos Cativos (poesia); Etimologia: “Preto”.
 
Fonte: Enciclopédia negra: Biografias afro-brasileiras

Sou dada às levezas.
Escolho morar no pôr do sol - naquele laranja todo trabalhado no sagrado
E ainda que eu tenha momentos de noite escura - e os tenho
Jamais serei escuridão.
 
LuDarpano

 


sexta-feira, 28 de outubro de 2022

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 


Performance "A Árvore da Vida" e foi executada pelo ballet coreano.
(Foto de D. Shatsky)

terça-feira, 25 de outubro de 2022

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

domingo, 23 de outubro de 2022

 

"...a vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre."

(Clarice Lispector)
John Gutmann - "The Cry", 1939.

Curiosidade

 


sábado, 22 de outubro de 2022

 



Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.
 
Álvaro de Campos
art" barry leighton"

 

A infância é ver o mundo como algo que não está acabado. Aquele adulto que não se surpreende com nada, sinto dizer, mas está morto.

Mia Couto

Pombal Esporte Clube

 Prefeitura de Pombal é patrocinador Master do Pombal Esporte Clube

 


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

 

Estamos mergulhados num grande dilema onde votar e realizar escolha, hodiernamente, nos parece muito mais um ato de resistência que de liberdade!

 


 


 


 


"Barbeiros ambulantes”, aquarela de Jean Baptiste Debret, Rio de Janeiro, 1826.

"A cena aqui desenhada passa-se nas proximidades do Largo do Palácio, perto do mercado de peixe. Dois negros estão sentados no chão; a medalha do que está ensaboado indica sua função na alfândega. Ambos aguardam, numa imobilidade favorável a seus barbeiros, o momento de remunerar-lhes a habilidade com a módica importância de dois vinténs.
 
A forma e os ornatos dos chapéus dos jovens barbeiros datam da época da fundação do império brasileiro. Com efeito, naquele momento de entusiasmo nacional, as freqüentes revistas e paradas introduziram o gosto pelas coisas militares em todas as classes da população, e os negros, naturalmente imitadores, transformaram o schako em um chapéu de palha grotesco, ornado de uma roseta nacional e de dois galões pintados a óleo; uma pena de pássaro substitui o penacho do uniforme.
 
O outro chapéu é também de palha, pintado a óleo com as cores imperiais, verde e amarelo. A invenção se deve aos negros, pintores dos cenários usados pelos senhores nas festas públicas, e o resultado parece tanto mais feliz quanto a camada impermeável prolonga indefinidamente a vida do frágil chapéu de palha. 
 
Relegados, em verdade, para o último degrau da hierarquia dos barbeiros, esses Fígaros nômades sabem, entretanto, tornar sua profissão bastante lucrativa, pois, manejando com habilidade navalha e tesouras, consagram-se à faceirice dos negros de ambos os sexos, igualmente apaixonados pela elegância do corte de seus cabelos. Compenetrados e sagazes, vagueiam desde manhã pelas praias, nos pontos de desembarque, pelos cais, nas ruas e praças públicas, ou em torno das grandes oficinas, certos de encontrar clientes entre os negros de ganho (carregadores, moços de recados, os pedreiros, os carpinteiros, os marinheiros e as quitandeiras).
 
Um pedaço de sabão, uma bacia de cobre de barbeiro, quebrada ou amassada, duas navalhas, uma tesoura, embrulhados num lenço velho à guisa de maleta, eis os instrumentos com que lidam os jovens barbeiros, apenas cobertos de trapos quando pertencem a um senhor pobre, e sempre dispostos, onde quer que se encontrem, a aperfeiçoar seu talento à custa dos fregueses confiantes, que consentem em entregar-lhes a cabeleira ou o queixo.
 
Alguns entretanto, mais hábeis, dotados mesmo do gênio do desenho, distinguem-se pela variedade que sabem dar ao corte de cabelo dos negros de ganho, sobre a cabeça dos quais desenham divisões pitorescas, formadas por chumaços de cabelos cortados com a tesoura e separados uns dos outros por pedaços raspados a navalha e cujo colorido mais claro lhes traça o contorno de uma maneira nítida e harmoniosa.
 
Aparentemente vagabundos, são no entanto obrigados a se apresentar duas vezes por dia na casa de seus senhores, para as refeições e para entregar o resultado da féria.
 
Outros sabem aliar a vivacidade à destreza e conseguem maiores resultados postando-se em certos dias e a certas horas na estrada de Mata-Porcos a São Cristóvão, pois aí encontram as tropas que chegam de São Paulo e Minas e cujos tropeiros, após uma longa viagem, se mostram sempre dispostos a cortar a barba para entrar mais decentemente no Rio."
 
Fontes: Rio de Janeiro, cidade mestiça: nascimento da imagem de uma nação / ilustrações e comentários de Jean-Baptiste Debret; textos de Luiz Felipe de Alencastro

quinta-feira, 20 de outubro de 2022


"Algum tipo de divórcio houve em algum ponto do longo caminho desta raça de homens entre o 'Eu' e o 'Nós', uma espécie de terrível discordância e eu (que não sou eu, e sim parte de um todo composto por outros seres humanos) pairando aqui, como que entre as asas de um grande pássaro branco, sinto-me como se estivesse rodopiando de volta, sim, rodopiando de volta para uma voragem de terror, como um nascimento ao contrário, e é em direção a uma catástrofe, sim, foi aí que os micróbios, o pequeno caldo que é a humanidade foi derrubado, sem sentidos, perdendo a sua compreensão real, de modo que desde então a maioria tem dito Eu, Eu, Eu, Eu, Eu, Eu, Eu e não pode, salvo alguns, dizer Nós."
 
(DORIS LESSING - In: "Roteiro para um passeio ao Inferno")

 


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

terça-feira, 18 de outubro de 2022


Que se há de fazer com a verdade de
que todo mundo é um pouco triste e
um pouco só.
 
Clarice Lispector

 


 

"É impossível enfrentar a realidade o tempo todo sem nenhum mecanismo de fuga."

Sigmund Freud

 


segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Tom Jobim, Dorival Caymmi, Sérgio Cabral, João Ubaldo Ribeiro, José Lewgoy, Almir Chediak, Albino Pinheiro, Jaguar, Alceu Valença, Stela Caymmi e Ivo Meirelles. O ano era 1985. "Essa jangada vai sair pro mar", " O barquinho vai, a tardinha cai", "A primeira vez era a cidade, a segunda o cais e a eternidade".

Copacabana, Rio de Janeiro.

 


domingo, 16 de outubro de 2022

 


 

"Eu sou antiquada e penso que ler livros é o pensamento mais glorioso que a humanidade alguma vez inventou!"

(Wislawa Szymborska)

Frase

 

"... identidade é tudo o que se forma quando não nos dão nada e tudo o que sobra quando nos tiram tudo!"

João Claudio Moreno

sábado, 15 de outubro de 2022

 Esse sempre foi o nível de parceria e confiança do futebol de rua!

 

"Tenho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência por que sou vários caminhos, inclusive o fatal beco sem saída."

Clarice Lispector - Um sopro de vida

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

 
“O mundo fica tão mais gostoso quando a gente aprende que não precisa escolher lados, muito menos viver de certezas absolutas.”

Fred Elboni

 E quando o poema é bom não te aperta a mão: aperta-te a garganta 

 (Ana Hatherly)

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

 


 

Liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.

Miguel de Cervantes

terça-feira, 11 de outubro de 2022

 


''Gostaria de encontrar-te.
Falar de cousas
que já estão perdidas.
Tuas mãos trementes
se desmanchariam
na sonoridade dos meus ditos.
Faria de teus olhos
luz
de tua boca
um eco.
Nos teus ouvidos
eu falaria de amigos.
Quem sabe amarias escutar-me.''
 
Hilda Hilst

 

Na vida há sempre dois caminhos

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

 


Foi bonito
o meu sonho de amor.
Floriram em redor
todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
lavado e promissor.
Só que não houve frutos
dessa Primavera.
A vida disse que era
tarde demais.
E que as paixões tardias
são ironias
dos deuses desleais.
 
Miguel Torga