Problema todo começou na Síria e já se alastra para a região do Iraque e para a península coreana. Putin toma medidas de guerra.
Black swan é um termo usado por teóricos do caos para referirem-se a
eventos absurdamente improváveis, mas que acabam acontecendo
recorrentemente sem que qualquer previsão consiga detectá-los. Cisnes
negros raramente são vistos, mas meia-volta aparecem. Ao que tudo
indica, estamos assistindo a um cisne negro em plena ação na relação
Ocidente-Rússia. Um cisne negro que pode levar o Ocidente para um
conflito global que não era presenciado desde o término da II Guerra
Mundial.
Tudo começou na guerra da Síria. De um lado, o Ocidente centrou todas as suas forças em derrubar o governo de Bashar Al-Assad na Síria. De outro, a Rússia centrou todas as suas forças em manter o governo aliado. No meio do caminho surgiu o Estado Islâmico, fruto do caos gerado no Iraque com a deposição de Saddam Hussein e a exclusão do Baath, seu antigo partido, de qualquer programa de transição. Até agora a relação dos Estados Unidos com o Estado Islâmico é nebulosa: nominalmente, são inimigos de morte. Na prática, os EUA tem sabotado esforços russos no sentido de destruir o EI.
Tudo parecia caminhando nos moldes da Guerra Fria: os Estados Unidos utilizando supostos "rebeldes moderados" contra Assad para atacar a Rússia. E a Rússia usando Assad para contra-atacar os Estados Unidos e as forças da Otan, que estranhamente tem ignorado a ameaça do EI, acabando por fortalecê-lo.
Acontece que o Black Swan surgiu. A situação se deteriorou. Putin, aparentemente insatisfeito com a iminente vitória de Hillary Clinton nas eleições americanas, resolveu endurecer. Clinton que propõe uma zona de exclusão aérea na Síria, que retiraria de Assad todo o apoio que ele vem recebendo dos russos. E eis que Putin ordenou a todos os civis parentes de funcionários diplomáticos russos que retornem ao país. Tomou medidas militares internamente. E prepare-se, muito claramente, para um conflito de grandes proporções.
Entrementes, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN realizam manobras militares de posicionamento na península coreana, com resposta imediata de russos e chineses.
Na Inglaterra noticia-se que os caças da RAF, a lendária Royal Air Force, tem ordens para atirar em aviões russos "em atitude hostil".
Amanhã, nosso correspondente em Londres, Guilherme Schneider, traz informações detalhadas a respeito da grave situação que o mundo atravessa.
Enquanto alguns se preocupam com declarações polêmicas de Donald John Trump, o mundo ameaça entrar em um conflito global que não era visto há mais de meio século.
Que Deus nos abençoe.
Tudo começou na guerra da Síria. De um lado, o Ocidente centrou todas as suas forças em derrubar o governo de Bashar Al-Assad na Síria. De outro, a Rússia centrou todas as suas forças em manter o governo aliado. No meio do caminho surgiu o Estado Islâmico, fruto do caos gerado no Iraque com a deposição de Saddam Hussein e a exclusão do Baath, seu antigo partido, de qualquer programa de transição. Até agora a relação dos Estados Unidos com o Estado Islâmico é nebulosa: nominalmente, são inimigos de morte. Na prática, os EUA tem sabotado esforços russos no sentido de destruir o EI.
Tudo parecia caminhando nos moldes da Guerra Fria: os Estados Unidos utilizando supostos "rebeldes moderados" contra Assad para atacar a Rússia. E a Rússia usando Assad para contra-atacar os Estados Unidos e as forças da Otan, que estranhamente tem ignorado a ameaça do EI, acabando por fortalecê-lo.
Acontece que o Black Swan surgiu. A situação se deteriorou. Putin, aparentemente insatisfeito com a iminente vitória de Hillary Clinton nas eleições americanas, resolveu endurecer. Clinton que propõe uma zona de exclusão aérea na Síria, que retiraria de Assad todo o apoio que ele vem recebendo dos russos. E eis que Putin ordenou a todos os civis parentes de funcionários diplomáticos russos que retornem ao país. Tomou medidas militares internamente. E prepare-se, muito claramente, para um conflito de grandes proporções.
Entrementes, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN realizam manobras militares de posicionamento na península coreana, com resposta imediata de russos e chineses.
Na Inglaterra noticia-se que os caças da RAF, a lendária Royal Air Force, tem ordens para atirar em aviões russos "em atitude hostil".
Amanhã, nosso correspondente em Londres, Guilherme Schneider, traz informações detalhadas a respeito da grave situação que o mundo atravessa.
Enquanto alguns se preocupam com declarações polêmicas de Donald John Trump, o mundo ameaça entrar em um conflito global que não era visto há mais de meio século.
Que Deus nos abençoe.
EDUARDO BISOTTO
Diretor do Sul Connection
Nenhum comentário:
Postar um comentário