quinta-feira, 2 de junho de 2016

Beber cerveja protege o cérebro contra o Alzheimer

Pode ficar a vontade para brindar: estudo na Finlândia mostrou que cérebro de quem bebia tinha menos chances de desenvolver sintomas da doença.

A queridinha dos happy hours ataca novamente. A ciência já sabe que a cerveja diminui o risco de infarto, de pedra nos rins e aumenta o colesterol bom. Agora, pesquisadores na Finlândia descobriram que beber cerveja pode diminuir o acúmulo de proteínas que causam os sintomas do Alzheimer e proteger o cérebro.

O estudo analisou o cérebro de 125 homens que morreram em Helsinki, de 35 a 70 anos. Os homens mais velhos tinham uma quantidade maior de placas das proteínas beta-amilóides - o que é normal, considerando que o Alzheimer se manifesta geralmente a partir dos 65 anos. Essas placas envolvem os neurônios, impedindo a comunicação entre eles. No Alzheimer, esses neurônios presos se atrofiam e o paciente passa a apresentar distúrbios de memória, de comportamento e de personalidade.


Mas a pesquisa revelou uma relação surpreendente: os homens que tinham o hábito de beber cerveja tinham uma concentração de placas beta-amilóides menor do que aqueles que não bebiam. E o benefício é exclusivo da cevada: aqueles que bebiam vinho ou destilados não apresentaram redução do acúmulo da proteína.

Os cientistas ainda não entendem de que forma a cerveja se relaciona a um menor acúmulo de placas beta-amilóides. Mas sabem que todas as explicações para os sintomas do Alzheimer tem relação com o acúmulo dessas estruturas. 


Os resultados também não são desculpa para sair enchendo a cara. Os cientistas não encontraram relação entre a quantidade de bebida e o tamanho das placas, então mais latinhas não significam uma proteção maior.

Se você quiser montar um combo anti-Alzheimer na sua dieta, uma xícara de café também pode ser uma boa pedida. Se a cerveja dá sinais de que não deixa as placas se acumularem, o café faz uma faxina: em testes com ratos, a substância reduziu em até 50% a quantidade de beta-amilóides já acumuladas no cérebro dos animais. 

Por Ana Carolina Leonardi
Super Interessante  

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