“[...] ‘crônica é jornalismo desgarrado’.” [...]

 

       “‘Nenhum texto escrito é inocente e já nasce em casa — na verdade, todo escritor é um intrujão em casa alheia e desconhecida, um receptador de entreouvidos. E a crônica talvez seja o gênero em que este aspecto da linguagem seja mais visível e ao qual seja mais sensível’, reflete o ensaísta em seu ‘discurso contra o autor’ para, por fim, decretar: ‘A crônica é em essência uma maldita conversa pública em voz alta.’ Da qual nós, leitores fiéis, tivemos o privilégio de participar nesses anos tão produtivos de Tezza como cronista.”

(CHRISTIAN SCHWARTZ. Apresentação. In: TEZZA, Cristóvão. A máquina de caminhar; seleção e apresentação Christian Schwartz. Rio de Janeiro: Record, 1. ed., 2016, p. 11.)