Nos Estados Unidos, a moda começa na Califórnia e um mês depois chega a Nova York.
No Brasil — dizem —, é no Rio primeiro, depois em São
Paulo, embora uma corrente me garanta que, na verdade, a cidade geradora seja Salvador.
Aqui na Europa, as coisas que dizem respeito à guerra dos sexos, ou mesmo ao armistício dos sexos, vêm da Suécia.
Confesso-me alarmado com as mais recentes notícias vindas da frente do — mudemos de metáfora — interessante e disputado cotejo.
Explico: as jovens suecas estão exigindo, friso, exigindo que os homens passem a fazer pipi sentados.
A justificativa é feita em duas partes: primeiro, afirmam elas, trata-se de uma questão de higiene.
Não há de que discordar, apenas ponderar que, afinal, uma boa pontaria, ou mesmo uma dessas escovinhas que se quedam mudas num canto do banheiro, resolveriam sem maiores problemas a questão.
Levantar a taboa, talvez.
A segunda parte é mais complicada e, parece-me, é nela que reside o X do problema: para as suecas que fazem parte do movimento que poderíamos, à brasileira, batizar de "Ou Senta ou Dança", os homens na verdade, ao fazerem pipi de pé, estão apenas exibindo um injustificável triunfalismo, alardeando seu machismo, jactando-se de sua condição de porcos chauvinistas irremediáveis.
Para não dizer que, no ato da micção, o sexo masculino entretém pensamentos negativos sobre aquele que já foi um dia, há muito, muito tempo, o sexo dito frágil.
Entre as suequinhas e sueconas mais progressistas, que constituem a ala mais extremada do movimento, há mesmo a acusação de que o pipi de pé é o máximo da vulgaridade.
Mais: chega a beirar a violência física.
Quer me parecer que a correção política, na Suécia, atingiu seu ápice e que a moda que ameaça infligir ao resto da Europa, quiçá o mundo, foge a todas as regras do bom senso, beirando mesmo o desmando.
Ouço dizer que a Alemanha já começa a — se é esse o verbo — curvar-se diante da intransigência feminina escandinava.
Mas lá, parece, é mais o medo da propagação de vírus.
Ocorre-me uma coisa: e quando a gente cumprimenta uma mocinha ou senhora sueca?
É para ficar sentado ou é para se levantar
Aqui na Europa, as coisas que dizem respeito à guerra dos sexos, ou mesmo ao armistício dos sexos, vêm da Suécia.
Confesso-me alarmado com as mais recentes notícias vindas da frente do — mudemos de metáfora — interessante e disputado cotejo.
Explico: as jovens suecas estão exigindo, friso, exigindo que os homens passem a fazer pipi sentados.
A justificativa é feita em duas partes: primeiro, afirmam elas, trata-se de uma questão de higiene.
Não há de que discordar, apenas ponderar que, afinal, uma boa pontaria, ou mesmo uma dessas escovinhas que se quedam mudas num canto do banheiro, resolveriam sem maiores problemas a questão.
Levantar a taboa, talvez.
A segunda parte é mais complicada e, parece-me, é nela que reside o X do problema: para as suecas que fazem parte do movimento que poderíamos, à brasileira, batizar de "Ou Senta ou Dança", os homens na verdade, ao fazerem pipi de pé, estão apenas exibindo um injustificável triunfalismo, alardeando seu machismo, jactando-se de sua condição de porcos chauvinistas irremediáveis.
Para não dizer que, no ato da micção, o sexo masculino entretém pensamentos negativos sobre aquele que já foi um dia, há muito, muito tempo, o sexo dito frágil.
Entre as suequinhas e sueconas mais progressistas, que constituem a ala mais extremada do movimento, há mesmo a acusação de que o pipi de pé é o máximo da vulgaridade.
Mais: chega a beirar a violência física.
Quer me parecer que a correção política, na Suécia, atingiu seu ápice e que a moda que ameaça infligir ao resto da Europa, quiçá o mundo, foge a todas as regras do bom senso, beirando mesmo o desmando.
Ouço dizer que a Alemanha já começa a — se é esse o verbo — curvar-se diante da intransigência feminina escandinava.
Mas lá, parece, é mais o medo da propagação de vírus.
Ocorre-me uma coisa: e quando a gente cumprimenta uma mocinha ou senhora sueca?
É para ficar sentado ou é para se levantar
Ivan Lessa
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