Ex-deputado Inaldo Leitão nega ter recebido
propina da Odebrecht e reclama de apelido dado a ele por delator. Em
delação premiada, ex-diretor da empreiteira afirma que repassou R$ 100
mil ao ex-parlamentar paraibano
O ex-deputado paraibano Inaldo Leitão, apelidado de “Todo feio” nas
planilhas da Odebrecht, contestou o codinome dado a ele pelo ex-diretor
da empreiteira Cláudio Melo Filho, a quem chamou de “ex-amigo”,
“canalha” e “todo horroroso”. “Todo feio, eu?”, questionou Leitão em
artigo publicado no Facebook. Em sua delação premiada, Cláudio afirma
que repassou R$ 100 mil ao ex-parlamentar, que, segundo ele, estava na lista de congressistas que ganhavam contribuições financeiras da empresa em troca de apoio no Congresso.
“O ex-amigo e atual canalha Claudio Melo afirmou, na sua delação, que
eu recebi 100 mil da Odebrecht na campanha de 2006. Como esse fato já
faz dez anos, não lembro exatamente o valor recebido, mas sei que foi em
caráter oficial”, contestou o ex-deputado. Inaldo Leitão disse que
nunca atuou em favor da Odebrecht e que o próprio delator afirmou que o
repasse foi feito sem qualquer contrapartida.
“Outra coisa que não gostei nessa delação do canalha Claudio Melo foi
codinome de “Todo Feio”. rsrsrsrsrs Não é bem assim, né? Se fosse
escolher um codinome para esse delator, ficaria em dúvida entre Todo
Horroroso ou O Mentiroso.”
Leia a íntegra da nota do ex-deputado:
‘TODO FEIO’, EU?
“O ex-amigo e atual canalha Claudio Melo afirmou, na sua delação,
que eu recebi 100 mil da Odebrecht na campanha de 2006. Como esse fato
já faz 10 anos, não lembro exatamente o valor recebido, mas sei que foi
em caráter oficial.
E que fique claro: o delator confessa que me fez a doação por eu
ter um cunhado trabalhando na empresa e por amizade pessoal, MAS SEM
QUALQUER CONTRAPARTIDA.
Nunca tive relação de negócio com a Odebrecht, jamais fiz
qualquer pagamento à empresa nos cargos que exerci e tampouco apresentei
projeto de lei ou relatei proposição do seu interesse, direto ou
indireto, na Câmara dos Deputados. Isso inclui qualquer outra empresa.
O delator afirma que os personagens delatados retribuíram a doação recebida por diversos meios e formas. MENOS EU.
Moro em Brasília desde 2007 pagando aluguel. Em 40 anos de
atividade profissional (advogado, procurador do Estado e professor da
UFCG), fui também Secretário de Estado por três vezes, Delegado do Mec,
Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado
Federal por duas legislaturas e o único patrimônio imobiliário que tenho
é um apartamento em João Pessoa (bem de família).
Ou seja, nunca me utilizei da carreira pública para acumular
patrimônio ilegalmente. Nesse quesito, ocorreu o contrário: só perdi. E
não me arrependo, pois jamais tive como objetivo de vida a riqueza.
Outra coisa que não gostei nessa delação do canalha Claudio Melo
foi codinome de “Todo Feio”. rsrsrsrsrs Não é bem assim, né? Se fosse
escolher um codinome para esse delator, ficaria em dúvida entre Todo
Horroroso ou O Mentiroso.
P. S. Ora, ora, ora…
Acabei de ter acesso ao texto da delação do canalha Claudio Melo.
Diz ele: “Durante a campanha de 2010, recebi um pedido do Ex-Deputado
Inaldo Leitão para que reforçasse junto ao Pacífico, DS das regiões
norte e nordeste e amigo pessoal de Inaldo, a solicitação que ele havia
feito a Pacífico de contribuição financeira. Reforcei o pedido junto a
Pacífico até porque tenho uma relação com o parlamentar e o mesmo tinha
capacidade demonstrada de ser um futuro líder na Câmara, já tendo sido
membro da CCJ. Ressalto, ainda, que este ex-Deputado tem relações
antigas na empresa, além de familiares.”
Detalhe: NÃO FUI CANDIDATO EM 2010!!!
Outro: como esse sujeito pode dizer que eu vou ser líder de uma
bancada que ainda não existe e só será conhecida depois da eleição?”
Congresso em Fogo e Uol
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