“Obedecer
ao coração não é ser dominado pelo coração, não é excluir a razão.
Obedecer ao coração é agir em equilíbrio, numa parceria entre o coração e
a razão. Para mim, o equilíbrio ideal é aquele da bicicleta, o
equilíbrio que só existe quando se está em movimento.
“Algumas religiões consideram o equilíbrio e o alcance da paz como
estados de ausência de qualquer emoção. Para mim, equilíbrio não é um
ponto estático entre dois opostos, não é estar no meio. É ir aos
extremos e não se perder, seja na ciência, na religião, na política, nos
experimentos, no erótico. É ser capaz de vivenciar os múltiplos
territórios da vida sem neles se ancorar.”
(CORTELLA, Mario Sergio. Viver em paz. In: _____. Viver em paz para morrer em paz (paixão, sentido e felicidade). São Paulo: Saraiva, 6. ed., 2013, p. 42, “O que a vida me ensinou”.)
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