Depois da lista dos 20 melhores livros acadêmicos,
uma pesquisa foi feita em conjunto por especialistas acadêmicos,
vendedores de livros, bibliotecários e editores para inaugurar a Academic Book Week, o
público foi convidado para votar naquele que eles acreditavam ser o
mais influente. Competindo outros títulos na votação, incluindo ‘Uma
Reivindicação pelos Direitos da Mulher’ de Mary Wollstonecraft, o
romance ‘1984’ de George Orwell e a ‘A Riqueza das Nações’ de Adam
Smith, a explicação da Teoria da Evolução de Darwin foi o grande
favorito do público, com 26% de votação, disseram os organizadores.
O professor Andrew Prescott, da
Universidade de Glasgow, chamou o estudo de 1859 de Darwin de “a
demonstração suprema do porquê livros acadêmicos importam”. “Darwin
utilizou a observação meticulosa do mundo à nossa volta, combinando com
uma reflexão prolongada e profunda para criar um livro o livro que mudou
a forma como pensávamos sobre tudo – não só o mundo natural, mas
religião, história e sociedade”, disse ele. “Todo pesquisador, não
importa se ele está escrevendo livros, criando produtos digitais ou
obras de arte, almeja produzir algo tão significativo na história do
pensamento como ‘A Origem das Espécies’”.
‘A Origem das Espécies’ foi seguida na
votação do público pelo ‘Manifesto Comunista’ e Obras Completas de
Shakespeare, com A República de Platão em quarto e o livro Crítica da
Razão Pura de Kant em quinto – uma escolha de Alan Staton, da Booksellers Association.
“Parece que estamos sendo governados por conveniências e pensamentos
contraditórios, e é reconfortante saber que o Imperativo Categórico de
Kant é visto como importante“, disse ele.
O filósofo Roger Scruton
concordou. “Estou satisfeito com Crítica da Razão Pura, que deve ser
certamente um dos trabalhos mais difíceis de filosofia já escritos, e
que certamente deveria ter sido escolhido como um dos mais influentes de
todos os livros acadêmicos”, disse ele sobre o texto do século 18.
“Kant partiu em uma tarefa
extraordinária, que foi mostrar os limites da razão humana e, ao mesmo
tempo, justificar o uso de nossas faculdades intelectuais dentro desses
limites. A visão resultante, de seres autoconscientes envolvidos dentro
de um limite, mas sempre pressionando contra ele, com um desejo para o
além inacessível, tem me assombrado, como tem assombrado muitos outros
desde a primeira vez que Kant expressou”.
Por Alison Flood
Publicado no The Guardian
Publicado no The Guardian
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