A polícia de Tel Aviv invadiu o harém de um polígamo que tem 32 mulheres e 60 filhos e é suspeito de estuprar e escravizar as crianças e as mães.
A imprensa local revelou nesta quinta-feira que a polícia invadiu e desmontou o harém no sul de Tel Aviv, onde o israelense Goel Ratzon, de 60 anos, mantinha dezenas de mulheres e crianças em regime de escravidão e terror.
Durante a operação, que envolveu 150 policiais, as autoridades invadiram os prédios onde a "grande família" morava e prendeu o chefe do harém e duas das mulheres, suspeitas de não impedirem o abuso de crianças.
Todas as outras mulheres e seus filhos foram encaminhados a abrigos especiais, e segundo o Ministério do Bem-Estar Social, as autoridades não separaram as crianças de suas mães.
Choque
Os detalhes da vida no harém provocam choque no país.
De acordo com a repórter de assuntos criminais da radio estatal, Adi Meiri, "como é possível que tanto a policia como o Ministério do Bem-Estar Social ignoraram esses crimes durante tantos anos?".
Porém a policia e o ministério trocam acusações de negligência e cada lado afirma que fez "todo o necessário" para proteger as mulheres e crianças.
A policia declarou que realizou uma "investigação minuciosa" que durou sete meses, para colher evidências sólidas dos crimes cometidos por Ratzon e resolveu invadir o local depois que conseguiu obter as provas.
O vice-diretor do ministério do Bem-Estar Social, Menahem Vachshal, afirmou que o ministério vem tratando das mulheres e crianças desde 1997, dando um "atendimento pontual".
Vachshal também afirmou que as crianças frequentavam as escolas regularmente, se apresentavam "limpas e arrumadas" e "não demonstravam sinais de maus tratos".
Controle
As dezenas de mulheres que viviam no harém trabalhavam e entregavam todo o dinheiro que ganhavam para Ratzon, que controlava totalmente a vida delas e das crianças, em um regime autoritário que envolvia o pagamento de multas e violência física caso violassem as regras definidas por ele.
Por exemplo, mulheres que "falassem besteiras" ou trabalhassem na companhia de outros homens tinham que pagar multas a Ratzon.
Para Gabi Zohar, diretor do Centro Israelense para Vitimas de Seitas, o harém de Ratzon tinha todas as características de uma seita mística.
Zohar afirmou que "trata-se de um caso gravíssimo de exploração de mulheres e crianças, mantendo um regime de terror espiritual, psicológico e físico".
De acordo com Zohar, as mulheres acreditam nos "poderes místicos" de Ratzon e "morrem de medo" dele.
Zohar também comparou esse caso com a seita americana Children of God.
A advogada de Ratzon, Shlomtzion Gabai, disse que seu cliente afirma que "não fez nada de mal e que as mulheres escolheram viver com ele por sua própria vontade e nenhuma delas era mantida à força".
Segundo a advogada, Ratzon alega que uma mulher que deixou o harém deve ter contado "essas mentiras" à policia.
Quando se apresentou perante o tribunal de Tel Aviv, o suspeito negou todas as acusações contra ele.
Fonte: BBC Brasil
A imprensa local revelou nesta quinta-feira que a polícia invadiu e desmontou o harém no sul de Tel Aviv, onde o israelense Goel Ratzon, de 60 anos, mantinha dezenas de mulheres e crianças em regime de escravidão e terror.
Durante a operação, que envolveu 150 policiais, as autoridades invadiram os prédios onde a "grande família" morava e prendeu o chefe do harém e duas das mulheres, suspeitas de não impedirem o abuso de crianças.
Todas as outras mulheres e seus filhos foram encaminhados a abrigos especiais, e segundo o Ministério do Bem-Estar Social, as autoridades não separaram as crianças de suas mães.
Choque
Os detalhes da vida no harém provocam choque no país.
De acordo com a repórter de assuntos criminais da radio estatal, Adi Meiri, "como é possível que tanto a policia como o Ministério do Bem-Estar Social ignoraram esses crimes durante tantos anos?".
Porém a policia e o ministério trocam acusações de negligência e cada lado afirma que fez "todo o necessário" para proteger as mulheres e crianças.
A policia declarou que realizou uma "investigação minuciosa" que durou sete meses, para colher evidências sólidas dos crimes cometidos por Ratzon e resolveu invadir o local depois que conseguiu obter as provas.
O vice-diretor do ministério do Bem-Estar Social, Menahem Vachshal, afirmou que o ministério vem tratando das mulheres e crianças desde 1997, dando um "atendimento pontual".
Vachshal também afirmou que as crianças frequentavam as escolas regularmente, se apresentavam "limpas e arrumadas" e "não demonstravam sinais de maus tratos".
Controle
As dezenas de mulheres que viviam no harém trabalhavam e entregavam todo o dinheiro que ganhavam para Ratzon, que controlava totalmente a vida delas e das crianças, em um regime autoritário que envolvia o pagamento de multas e violência física caso violassem as regras definidas por ele.
Por exemplo, mulheres que "falassem besteiras" ou trabalhassem na companhia de outros homens tinham que pagar multas a Ratzon.
Para Gabi Zohar, diretor do Centro Israelense para Vitimas de Seitas, o harém de Ratzon tinha todas as características de uma seita mística.
Zohar afirmou que "trata-se de um caso gravíssimo de exploração de mulheres e crianças, mantendo um regime de terror espiritual, psicológico e físico".
De acordo com Zohar, as mulheres acreditam nos "poderes místicos" de Ratzon e "morrem de medo" dele.
Zohar também comparou esse caso com a seita americana Children of God.
A advogada de Ratzon, Shlomtzion Gabai, disse que seu cliente afirma que "não fez nada de mal e que as mulheres escolheram viver com ele por sua própria vontade e nenhuma delas era mantida à força".
Segundo a advogada, Ratzon alega que uma mulher que deixou o harém deve ter contado "essas mentiras" à policia.
Quando se apresentou perante o tribunal de Tel Aviv, o suspeito negou todas as acusações contra ele.
Fonte: BBC Brasil
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