"O mundo gira, e a Luzitana roda" era o slogan
de uma transportadora em São Paulo. Era um tempo em que a Guerra Fria
imperava. O mundo estava claramente dividido entre esquerda e direita.
Entre capitalismo e marxismo. Depois o mundo mudou. Evoluiu. O marxismo
faliu, como era de se esperar, a Rússia, China e parte da Alemanha
capitularam-se ao capitalismo, e o marxismo comunista passou a ser
considerado socialismo. A direita continuou sendo considerada
reacionária, conservadora e retrógrada. Mas direita e esquerda passaram a
ser sinalização de trânsito. Houve um tempo de convívio harmônico entre
defensores do liberalismo, das sociais democracias, e um mútuo respeito
entre conservadores e ditos progressistas. Sem
extremismos. Até que o Lulapetismo semeou no Brasil o ódio de classes.
Nós e eles. As elites contra o povo. A esquerda contra a direita. E
voltamos a ter a intolerância ideológica, político partidária. Este foi,
entre todos os outros, mais um mal causado por treze anos de governos
petistas. Dividiram o país. Separaram a Mortadela da Coxinha. Os ricos
dos pobres. Tentam convencer que ser de esquerda, é ser progressista
como ser de direita, é reacionário, retrógrado e pernicioso. A esquerda
se acha dona da verdade. Proprietária da democracia. E usa indevidamente
essa palavra para tramar contra as verdadeiras liberdades democráticas,
lutando para implantar no país regimes autoritários, centralizadores,
corruptos, e sobejamente fracassados ao longo da história ao redor do
mundo. Mas ele gira e a Luzitana roda.
Eduardo P. Lunardelli
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