Li em algum lugar — perdi o site norte-americano — uma lista de livros
que foram proibidos em um momento ou outro de suas histórias
(principalmente nos EUA), e busquei lembrar os casos mais hipócritas,
ignorantes e absurdos. Sorri quando revisei a listinha. É simplesinha,
mas achei irônica. Então não deve ser tão ruim. Confiram aí!
1. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.
Foi proibido na Alabama porque um dos livros carbonizados na trama é a Bíblia…
Foi proibido na Alabama porque um dos livros carbonizados na trama é a Bíblia…
2. Huckleberry Finn, de Mark Twain.
Quem não leu o livro e toma contato apenas com citações fora do contexto, pensa que a obra é racista e não anti-racista e anti-escravatura.
Quem não leu o livro e toma contato apenas com citações fora do contexto, pensa que a obra é racista e não anti-racista e anti-escravatura.
3. O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger.
Simplesmente porque Holden Caulfield diz muitas vezes “Fuck off”.
Simplesmente porque Holden Caulfield diz muitas vezes “Fuck off”.
4. Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie.
Rushdie escreveu um romance que satirizava alguns dos mais tacanhos e antiquados aspectos do Islã. O aiatolá Khomeini baniu o livro e decretou uma fatwa, pedindo que “todos os bons muçulmanos” dessem uma forcinha e fossem matar Rushdie.
Rushdie escreveu um romance que satirizava alguns dos mais tacanhos e antiquados aspectos do Islã. O aiatolá Khomeini baniu o livro e decretou uma fatwa, pedindo que “todos os bons muçulmanos” dessem uma forcinha e fossem matar Rushdie.
5. 1984, de George Orwell.
Durante o período da Guerra Fria, alguns governos do leste europeu mantinham olhos atentos sobre o que as pessoas estavam lendo. Eles não tinham tolerância para algo como a sociedade distópica de “1984”, onde o Grande Irmão também via tudo.
Durante o período da Guerra Fria, alguns governos do leste europeu mantinham olhos atentos sobre o que as pessoas estavam lendo. Eles não tinham tolerância para algo como a sociedade distópica de “1984”, onde o Grande Irmão também via tudo.
6. O Diário de Anne Frank.
É incrível, mas o livro, que ilustra a fé imortal de uma vítima do Holocausto na bondade humana, foi proibido pelo estado de Alabama em 1983 por retratar “uma verdadeira desgraça.” Seria um caso de excesso de verossimilhança?
É incrível, mas o livro, que ilustra a fé imortal de uma vítima do Holocausto na bondade humana, foi proibido pelo estado de Alabama em 1983 por retratar “uma verdadeira desgraça.” Seria um caso de excesso de verossimilhança?
7. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.
Mesmo motivo de 1984.
Mesmo motivo de 1984.
8. A série Harry Potter, de J.K. Rowling.
O livro que iniciou toda uma nova geração na mundo dos livros foi proibido pelo fato do personagem principal fazer mágicas. A proibição ocorreu na Coreia do Norte e em países árabes fundamentalistas.
O livro que iniciou toda uma nova geração na mundo dos livros foi proibido pelo fato do personagem principal fazer mágicas. A proibição ocorreu na Coreia do Norte e em países árabes fundamentalistas.
9. Ulysses, de James Joyce.
Eu poderia escrever páginas e páginas sobre estas várias proibições
ocorridas dos anos 20 aos 50, mas vou apenas dizer que ele foi banido na
Inglaterra, na França e na maioria dos estados dos EUA por ser
pornográfico, coisa que também é. E daí?
10. Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca
Não estava na lista original, mas coloco na minha lista Feliz Ano Novo, um dos muitos livros brasileiros que foram publicados, distribuídos, comercializados e, algum tempo depois, examinados pela censura brasileira (DCDP). O parecer era sempre o mesmo: “exteriorizava matéria contrária à moral e aos bons costumes”.
Não estava na lista original, mas coloco na minha lista Feliz Ano Novo, um dos muitos livros brasileiros que foram publicados, distribuídos, comercializados e, algum tempo depois, examinados pela censura brasileira (DCDP). O parecer era sempre o mesmo: “exteriorizava matéria contrária à moral e aos bons costumes”.
Do blog do Milton Ribeiro
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