sábado, 2 de abril de 2016

Eu pago, nós pagamos

Brasília está em chamas. O fogaréu se espalha Brasil afora. De norte a sul do país, só se fala naquilo — o futuro do governo Dilma. A presidente cai ou fica? Há pressão dos dois lados. Uma é pra lá de divertida. Trata-se dos patos da Fiesp. A Federação das Indústrias de São Paulo povoou o gramado do Congresso de simpáticas aves amarelinhas. Uma frase resume a ideia da campanha: “Chega de pagar o pato”.

O período desperta curiosidades. Perguntas pululam aqui e ali. A que mais se ouve é esta: “Qual a origem da expressão pagar o pato”? Dizem que a história é contemporânea do rascunho da Bíblia. Uma bela mulher queria comprar um pato. Mas, sem dinheiro pra pagar a mercadoria, aceitou trocar a ave por um namorico com o vendedor.

Assim fez. Quando saía da loja, o maridão apareceu. O comerciante quis tirar vantagem. Apresentou a conta. O homem desembolsou a graninha e se foi feliz da vida. Daí por que pagar o pato passou a significar fazer papel de tolo, pagar para que os outros aproveitem, arcar com as responsabilidades alheias. Cá entre nós: você já pagou o pato? Eu já.

Dad Squarisi
(
http://blogs.correiobraziliense.com.br/dad/eu-pago-nos-pagamos/​30-03-2016)  

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