terça-feira, 9 de agosto de 2016

Vivas àqueles que sempre levaram a pior” – Fragmentos de Walt Whitman

Considerado o “Pai dos Versos Livres”,  Walt Whitman, poeta americano do  século XIX. Apesar de sua importância para a poesia mundial, não é tão conhecido do grande público, pelo menos em no Brasil, onde não se tem a cultura de consumir poesia.

Walt Whitman, libertou o verso dos duros deveres da métrica; convencionais como os aparatosos cerimoniais das cortes do Velho Mundo. Whitman, a rigor o primeiro poeta a fazer versos livres, é o libertarismo da jovem república, fronteira aberta a oeste, projetado em plano formal.

Quem viu o filme Sociedade dos Poetas Mortos, viu que a poesia de Walt Whitman é o ponto principal para que o professor interpretado por Robin Willians explique para seus alunos que a poesia é sublime, não precisando seguir regras ortodoxas para ser apreciada ou escrita.

Ouvem-se, por trás das tempestades verbais de Walt Whitman, alguns raios e relâmpagos dos sermões de igreja. A mãe de Whitman era uma “Quaker”. E transmitiu-lhe a fé, tipicamente “Quaker”, na luz interior. Sem entender a fé “Quaker”, não se entende Walt Whitman.

A seita, fundada pelo inglês George Fox (1624-1691) caracterizou-se pela recusa radical a toda liturgia religiosa e sacerdócio, confiando apenas na presença do Espírito Santo na consciência individual. Na inspiração. Além ou contra as autoridades.

Muito forte a autoridade do movimento “Quaker”, na formação dos Estados Unidos, nos séculos XVII e XVIII. Tão forte, talvez, quanto a influência, sobre a poesia moderna, do primeiro grande poeta da Revolução Industrial. Essa influência se estende por caminhos desconcertantes. Mas todos indo dar na estrada da melhor poesia do Século XX.

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