"Ó Padre nosso que nos Céus estás,
não circunscrito, mas em todo o amor,
que aos primos entes do teu feito dás,
louvado seja o teu Nome e Valor
por toda criatura, à qual apraz
render graças também ao teu Vapor.
Bem venha do Teu reino a nós a paz,
porque de procurá-la, se dos Céus
não vier mais, nosso engenho é incapaz.
Como, de seu querer, os anjos teus
fazem, cantando a ti, renúncia pia,
o mesmo façam os homens dos seus.
Dá-nos hoje o maná de cada dia,
que, se faltar neste deserto infido,
vi pra trás quem pra frente mais porfia.
E como nós o mal que hemos sofrido
a cada um perdoamos, tu perdoa
benigno, sem cuidar se é merecido.
Nossa virtude que preste esboroa
não experimentes co' o antigo adversário
mas dele nos liberta, que a aguilhoa.
Este rogo, Senhor, que último eu digo,
por supérfluo, não é pra o nosso bando,
mas pra os que ainda não têm o seu castigo".
não circunscrito, mas em todo o amor,
que aos primos entes do teu feito dás,
louvado seja o teu Nome e Valor
por toda criatura, à qual apraz
render graças também ao teu Vapor.
Bem venha do Teu reino a nós a paz,
porque de procurá-la, se dos Céus
não vier mais, nosso engenho é incapaz.
Como, de seu querer, os anjos teus
fazem, cantando a ti, renúncia pia,
o mesmo façam os homens dos seus.
Dá-nos hoje o maná de cada dia,
que, se faltar neste deserto infido,
vi pra trás quem pra frente mais porfia.
E como nós o mal que hemos sofrido
a cada um perdoamos, tu perdoa
benigno, sem cuidar se é merecido.
Nossa virtude que preste esboroa
não experimentes co' o antigo adversário
mas dele nos liberta, que a aguilhoa.
Este rogo, Senhor, que último eu digo,
por supérfluo, não é pra o nosso bando,
mas pra os que ainda não têm o seu castigo".
Dante Alighieri
De sua principal obra, "A Divina Comédia" ("Purgatório"), Editora 34
Ltda. - São Paulo, pág. 73, tradução de Italo Eugenio Mauro, extraímos o texto acima.
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