Uma coruja rompe a noite alta,
Única nota inútil a penar,
Pobre alma - fria vocal exausta-
Do súbito negrume a tormentar!...
Teu desprezível hábito gutural,
Da garganta purpúrea, - teu delírio,
Nas plagas, ruminando o natural:
-Solitária oferta, - de pétalas e lírio!...
Mas ai, quanto corrói estes pequenos!
Quão a vós, o pranto lhes havia,
Que entre as seivas, os serenos
Escondem, a vossa alma que jazia!...
Jairo Araújo Alves
Única nota inútil a penar,
Pobre alma - fria vocal exausta-
Do súbito negrume a tormentar!...
Teu desprezível hábito gutural,
Da garganta purpúrea, - teu delírio,
Nas plagas, ruminando o natural:
-Solitária oferta, - de pétalas e lírio!...
Mas ai, quanto corrói estes pequenos!
Quão a vós, o pranto lhes havia,
Que entre as seivas, os serenos
Escondem, a vossa alma que jazia!...
Jairo Araújo Alves
*Jairo Araújo Alves nasceu em Pombal, filho de José Alves de Araújo (in memoriam) e Maria do Bom Sucesso Araújo Alves. Muito cedo, ainda quando residia na zona rural no nosso município (Timbaúba), o jovem poeta já demonstrava apurada sensibilidade para as coisas da natureza. Amante das escolas românticas e parnasianas, o poeta vem, pouco a pouco, caminhando a passos firmes em direção a futura publicação de seu primeiro livro.
Um comentário:
Muito agradecido poeta!
Saiba que foram as suas poesias de 89 e 90 que me inspiraram.
Não vou falar mais nada, pra você não me reclamar.
Mas você me lembrou que deixei tantas bagagens onde nasci, que ainda hoje não pude buscá-las
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