domingo, 11 de dezembro de 2016

O brilhantismo da Odebrecht na escolha dos codinomes para seus pagamentos de propina

Nasci dotado de uma característica muito maldosa e infeliz que hoje reprimo minuciosamente. Desde criança eu invento apelidos. Inventei alguns tão bons em meus tempos de colégio que teve gente que não queria mais ir às aulas só para não ouvir. Era a eficiente defesa de uma criança que só apanhava dos colegas. Eu era um palito, só pele e osso. Só os invento para aquelas pessoas que eu detesto. Eles já me criaram tantos problemas que aprendi a me conter. A criação de bons apelidos não é das artes mais apreciadas. O pessoal da Odebrecht também é excelente nisso. Eu me congratulo com os caras e estou aguardando que a internet crie logo um gerador automático de codinomes da Odebrecht.

Quando criança, meu apelido era Qüem. Sim, o som do pato. Tinha os pés desproporcionalmente grandes em relação ao corpo. Me divertia com aquilo. Minha turma de futebol me chamava de Raquítico.
Mas vejam só a arte dos caras. Vejam quanta maldade havia naquelas alegres trocas de dinheiro. De acordo com o ex-vice-presidente de relações institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho, os seguintes codinomes eram usados para receber propinas da empresa:

Caju é Romero Jucá (PMDB-RR).

Justiça é Renan Calheiros (PMDB-AL). Não é genial?


Índio é Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Babel é Geddel Viera Lima (PMDB-BA). Ele não caiu por uma torre?

Bitelo é Lúcio Viera Lima (PMDB-BA).

Primo é Eliseu Padilha (PMDB-RS).

Angorá é Moreira Franco (PMDB-RJ).


 Caranguejo é Eduardo Cunha (PMDB-RJ).



Polo é Jacques Wagner (PT-BA).

Ferrari é Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).

Botafogo é Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Las Vegas é Anderson Dornelles, ex-assessor de Dilma.

Campari é Gim Argello (PTB-SP).

Cerrado, Pequi e Helicóptero é Ciro Nogueira (PP-PI).

Pino ou Gripado é José Agripino Maia (DEM-RN).

Todo Feio é Inaldo Leitão (PL-PB).





Corredor é Duarte Nogueira (PSDB-SP).

Gremista é Marco Maia (PT-RS).

Misericórdia é Antonio Brito (PSD-BA).

Decrépito é Paes Landim (PTB-PI).

Boca Mole é Heráclito Fortes (PSB-PI).



Kimono é Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Missa é José Carlos Aleluia (DEM-BA).

Feia é Lídice da Mata (PSB-BA).

Velhinho é Francisco Dornelles (PP-RJ).

Santo é Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Do blog do Milton Ribeiro 

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