Impressionante relato da enfermeira que
trabalhou 20 anos na UTI e registrou as mais variadas e irracionais
vivências dos pacientes
As unidades de cuidados paliativos e UTI dos hospitais têm uma íntima
relação com a morte, proporcionando numerosas experiências que fogem de
qualquer explicação racional: pacientes que intuem o momento exato em
que vão morrer, outros que parecem decidir por si mesmos o dia e a hora,
adiantando ou atrasando sua morte, sonhos
premonitórios de familiares ou pressentimentos de terceiras pessoas que,
sem nem sequer saber que alguém está internado ou sofreu um acidente,
têm a certeza interior de que faleceram.
Somente os profissionais de saúde que trabalham perto dos pacientes terminais conhecem em primeira pessoa o alcance e variedade destas estranhas experiências. A ciência ainda não foi capaz de oferecer uma resposta a estes fenômenos, razão pela qual costumam ser descritos como paranormais ou sobrenaturais – uma etiqueta “vaga demais para a magnitude destas experiências”, segundo explica a enfermeira britânica Penny Sartori, que dedicou 20 anos da sua vida a trabalhar na UTI.
Sua trajetória é suficientemente sólida para garantir que ela já viu de tudo, tornando-se capaz de intuir padrões e elaborar hipóteses sobre estes fenômenos. Tanto é assim, que dedicou sua tese de doutorado a este tema, e cujas principais conclusões compartilha no livro “The Wisdom Of Near-Death Experiences” (Watkins Publishing).
“Alucinações” compartilhadas por familiares
Ao longo de sua vida profissional, Penny teve contato com pacientes que viveram experiências de quase-morte (EQM), bem como com familiares que viveram de perto experiências de morte compartilhada. A quantidade e repetição de padrões levam a enfermeira a descartar a hipótese do acaso e a da impossibilidade de encontrar um raciocínio lógico para este estendido fenômeno.
Cerca de 75% dos pacientes esperam estar sozinhos no quarto para morrer.
Sua tese principal se centra em que “nosso cérebro é independente da consciência. É o meio para canalizá-la, razão pela qual, na realidade, é fisicamente alheia ao corpo”. Esta ideia explicaria, segundo ela, por que “a alma e a consciência podem ser vivenciadas à margem do corpo”, como nas EQM ou na meditação budista.
Penny apresenta inúmeros exemplos em seu livro, mas todos coincidem em que os pacientes que vivem estas EQM são sempre os que abraçam a morte de maneira mais tranquila e feliz, assim como os familiares que pressentem a morte dos seus entes queridos. Por quê? Segundo as entrevistas que ela fez a estes últimos, isso se deve a que estão convencidos de que só se trata do fim da vida terrena.
Independentemente do fato de serem pessoas religiosas, agnósticas ou ateias, todas elas têm o sonho ou a visão de como seu familiar vai embora deste mundo guiado por alguém (cônjuges já falecidos, seres anônimos ou anjos) e o faz com uma clara sensação de “paz e amor”.
“No começo, me chamava a atenção o fato de que alguns familiares de falecidos não se sentissem tristes após receberem a notícia da morte do seu ente querido, mas, ao entrevistá-los, percebi que, na verdade, estavam tranquilos porque tinham experimentado essa sensação de transcendência da vida”, contou Penny.
Escolhendo o momento “mais apropriado” para morrer
Este é o caso das pessoas que, sabendo quando vão morrer, pedem para ficar um momento a sós no quarto ou o fazem precisamente quando o familiar (que permanece o tempo todo ao seu lado) as deixa por um momento para ir ao banheiro.
Outros casos igualmente chamativos são os das pessoas que morrem justamente depois de ver algum familiar que ainda não havia podido visitá-las (por exemplo, por estar viajando), ou quando terminam toda a papelada de heranças e seguros de vida. “Parecem estar à espera de que um evento específico ocorra para permitir-se morrer”, relatou a enfermeira.
Somente os profissionais de saúde que trabalham perto dos pacientes terminais conhecem em primeira pessoa o alcance e variedade destas estranhas experiências. A ciência ainda não foi capaz de oferecer uma resposta a estes fenômenos, razão pela qual costumam ser descritos como paranormais ou sobrenaturais – uma etiqueta “vaga demais para a magnitude destas experiências”, segundo explica a enfermeira britânica Penny Sartori, que dedicou 20 anos da sua vida a trabalhar na UTI.
Sua trajetória é suficientemente sólida para garantir que ela já viu de tudo, tornando-se capaz de intuir padrões e elaborar hipóteses sobre estes fenômenos. Tanto é assim, que dedicou sua tese de doutorado a este tema, e cujas principais conclusões compartilha no livro “The Wisdom Of Near-Death Experiences” (Watkins Publishing).
“Alucinações” compartilhadas por familiares
Ao longo de sua vida profissional, Penny teve contato com pacientes que viveram experiências de quase-morte (EQM), bem como com familiares que viveram de perto experiências de morte compartilhada. A quantidade e repetição de padrões levam a enfermeira a descartar a hipótese do acaso e a da impossibilidade de encontrar um raciocínio lógico para este estendido fenômeno.
Cerca de 75% dos pacientes esperam estar sozinhos no quarto para morrer.
Sua tese principal se centra em que “nosso cérebro é independente da consciência. É o meio para canalizá-la, razão pela qual, na realidade, é fisicamente alheia ao corpo”. Esta ideia explicaria, segundo ela, por que “a alma e a consciência podem ser vivenciadas à margem do corpo”, como nas EQM ou na meditação budista.
Penny apresenta inúmeros exemplos em seu livro, mas todos coincidem em que os pacientes que vivem estas EQM são sempre os que abraçam a morte de maneira mais tranquila e feliz, assim como os familiares que pressentem a morte dos seus entes queridos. Por quê? Segundo as entrevistas que ela fez a estes últimos, isso se deve a que estão convencidos de que só se trata do fim da vida terrena.
Independentemente do fato de serem pessoas religiosas, agnósticas ou ateias, todas elas têm o sonho ou a visão de como seu familiar vai embora deste mundo guiado por alguém (cônjuges já falecidos, seres anônimos ou anjos) e o faz com uma clara sensação de “paz e amor”.
“No começo, me chamava a atenção o fato de que alguns familiares de falecidos não se sentissem tristes após receberem a notícia da morte do seu ente querido, mas, ao entrevistá-los, percebi que, na verdade, estavam tranquilos porque tinham experimentado essa sensação de transcendência da vida”, contou Penny.
Escolhendo o momento “mais apropriado” para morrer
Este é o caso das pessoas que, sabendo quando vão morrer, pedem para ficar um momento a sós no quarto ou o fazem precisamente quando o familiar (que permanece o tempo todo ao seu lado) as deixa por um momento para ir ao banheiro.
Outros casos igualmente chamativos são os das pessoas que morrem justamente depois de ver algum familiar que ainda não havia podido visitá-las (por exemplo, por estar viajando), ou quando terminam toda a papelada de heranças e seguros de vida. “Parecem estar à espera de que um evento específico ocorra para permitir-se morrer”, relatou a enfermeira.
Sensação de transcendência em religiosos, agnósticos e ateus
O diretor do Tucson Medical Center, John Lerma, especialista em cuidados paliativos, recopiou exemplos muito similares aos citados por Penny em “Into the Light: Real Life Stories About Angelic Visits, Visions of the Afterlife, and Other Pre-Death Experiences” (New Page Books). Segundo seus relatórios, cerca de 75% dos pacientes esperam que seus parentes saiam do quarto para morrer.
Penny se nega a acreditar que estas vivências sejam motivadas por alucinações: “Não é possível que várias pessoas vejam a mesma coisa e sejam capazes de descrever o que viram exatamente da mesma maneira, quando se trata de uma percepção distorcida da realidade”.
Seus estudos mais novos se centram nas vivências compartilhadas pelas pessoas que acompanham os que estão em transe de morte. “Abrem uma via completamente nova de iluminação racional sobre a questão da vida após a morte, porque as pessoas que comunicam estas experiências são saudáveis. Costumam estar sentadas junto ao leito de morte de um ente querido quando têm uma dessas experiências maravilhosas e misteriosas.”
Novos rumos de pesquisa
O recurso – cínico, segundo Penny – de explicar este fenômeno a partir de disfunções cerebrais tampouco se sustenta com os exemplos de pessoas internadas com Alzheimer avançado que repentinamente recuperam a capacidade de raciocínio.
“São pacientes em estado terminal da doença, incapazes de articular palavras, e de repente, de forma surpreendente, começam a falar com total coerência, interagindo com pessoas que não estão no quarto e que frequentemente são familiares mortos”, explica a autora.
Além disso, acrescenta, “costumam ficar em paz após esta experiência e acabam morrendo com um sorriso nos lábios, geralmente um ou dois dias depois”.
O argumento de que estas visões são induzidas pelos fármacos tampouco é aceito pela autora, porque, segundo ela, “os remédios causam ansiedade, todo o contrário do que os pacientes sentem nessas horas”.
A enfermeira defende em seu livro que este tipo de vivências, recopiladas ao longo de toda a sua vida profissional, podem ser importantes para demonstrar a existência de uma vida depois da morte e que, pelo menos, devem abrir uma nova linha de pesquisa (como algumas que partem da física quântica) para os estudos científicos.
Ela diz estar convencida de que “a morte não é tão temível como costumamos imaginar”.
O diretor do Tucson Medical Center, John Lerma, especialista em cuidados paliativos, recopiou exemplos muito similares aos citados por Penny em “Into the Light: Real Life Stories About Angelic Visits, Visions of the Afterlife, and Other Pre-Death Experiences” (New Page Books). Segundo seus relatórios, cerca de 75% dos pacientes esperam que seus parentes saiam do quarto para morrer.
Penny se nega a acreditar que estas vivências sejam motivadas por alucinações: “Não é possível que várias pessoas vejam a mesma coisa e sejam capazes de descrever o que viram exatamente da mesma maneira, quando se trata de uma percepção distorcida da realidade”.
Seus estudos mais novos se centram nas vivências compartilhadas pelas pessoas que acompanham os que estão em transe de morte. “Abrem uma via completamente nova de iluminação racional sobre a questão da vida após a morte, porque as pessoas que comunicam estas experiências são saudáveis. Costumam estar sentadas junto ao leito de morte de um ente querido quando têm uma dessas experiências maravilhosas e misteriosas.”
Novos rumos de pesquisa
O recurso – cínico, segundo Penny – de explicar este fenômeno a partir de disfunções cerebrais tampouco se sustenta com os exemplos de pessoas internadas com Alzheimer avançado que repentinamente recuperam a capacidade de raciocínio.
“São pacientes em estado terminal da doença, incapazes de articular palavras, e de repente, de forma surpreendente, começam a falar com total coerência, interagindo com pessoas que não estão no quarto e que frequentemente são familiares mortos”, explica a autora.
Além disso, acrescenta, “costumam ficar em paz após esta experiência e acabam morrendo com um sorriso nos lábios, geralmente um ou dois dias depois”.
O argumento de que estas visões são induzidas pelos fármacos tampouco é aceito pela autora, porque, segundo ela, “os remédios causam ansiedade, todo o contrário do que os pacientes sentem nessas horas”.
A enfermeira defende em seu livro que este tipo de vivências, recopiladas ao longo de toda a sua vida profissional, podem ser importantes para demonstrar a existência de uma vida depois da morte e que, pelo menos, devem abrir uma nova linha de pesquisa (como algumas que partem da física quântica) para os estudos científicos.
Ela diz estar convencida de que “a morte não é tão temível como costumamos imaginar”.
Fonte aqui
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