No banco de trás, a vovó se interessa pelo meu livro.
-- Taxitramas...
-- Sim, histórias aqui do táxi.
-- São coisas que acontecem no táxi?
-- Sim. Sou o autor.
-- Quem é o Autor?
-- Eu. Sou o Mauro Castro.
-- É taxista, o autor?
-- Taxitramas...
-- Sim, histórias aqui do táxi.
-- São coisas que acontecem no táxi?
-- Sim. Sou o autor.
-- Quem é o Autor?
-- Eu. Sou o Mauro Castro.
-- É taxista, o autor?
Nesse ponto, percebi que ela tinha problemas de audição. Comecei a gritar.
-- SIM, SOU EU, O AUTOR, SOU O MAURO!
-- O senhor já leu esse livro?
-- SIM, SOU O AUTOR!!
-- Diário de um taxista...
-- (suspiro)
-- SIM, SOU EU, O AUTOR, SOU O MAURO!
-- O senhor já leu esse livro?
-- SIM, SOU O AUTOR!!
-- Diário de um taxista...
-- (suspiro)
Nesse ponto, passei a responder por gestos.
-- É pra vender?
-- (Sinal de positivo)
-- Quanto custa?
-- VIN-TE!! (sinal de vitória, dois dedos em "V")
-- Não conheço o autor, Mauro Castro... Será que presta?
-- (sinal de positivo com o dedão e com a cabeça)
-- Deve ter autógrafo na Feira... vou comprar lá.
-- É pra vender?
-- (Sinal de positivo)
-- Quanto custa?
-- VIN-TE!! (sinal de vitória, dois dedos em "V")
-- Não conheço o autor, Mauro Castro... Será que presta?
-- (sinal de positivo com o dedão e com a cabeça)
-- Deve ter autógrafo na Feira... vou comprar lá.
Desisto.
Mauro Castro
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