“O
desejo não é um estado, não é um lugar aonde eu chego. O desejo é o
horizonte, aquilo que norteia, mas nunca se alcança. Como escreveu
Eduardo Galeano sobre a utopia como horizonte, eu caminho dois passos em
direção ao horizonte e o horizonte se afasta dois passos de mim.
Caminho dez passos e ele se afasta dez passos. O horizonte não existe
para que se chegue até ele, e sim para não me impedir de caminhar — o
desejo é que impede que eu pare de caminhar. Por isso, o desejo é
imortal.”
(CORTELLA, Mario Sergio. Desejo, necessidade, vontade. In: _____. Viver em paz para morrer em paz (paixão, sentido e felicidade). São Paulo: Saraiva, 6. ed., 2013, p. 104, “O que a vida me ensinou”.)
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