A oposição, que pela primeira vez se apresentou unida, deu uma surra de votos no governo do presidente Nicolas Maduro
Que presentão para o governo da Venezuela, que ontem celebrou os 17
anos da primeira vitória de Hugo Chávez, o pai da chamada “revolução
bolivariana”.
A oposição, que pela primeira vez se apresentou unida, deu uma surra de
votos no governo do presidente Nicolas Maduro e passou a controlar a
Assembleia Nacional, o Congresso de lá.
Quando ainda faltava apurar votos para preencher 22 vagas, o Movimento
da Unidade Democrática (MUD) havia elegido 99 deputados contra 46 do
Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Maduro reconheceu a derrota. Em seu discurso na televisão, primeiro
saudou o “trunfo da Constituição e da Democracia”. Para em seguida
atribuir a derrota ao “boicote econômico” ao seu governo.
A Venezuela está quebrada. O país, um dos maiores produtores de
petróleo do mundo, faliu devido à queda do preço do barril e às
administrações desastrosas de Chávez e de Maduro.
Chávez seduziu os venezuelanos com seu populismo, sua oratória, e seus
sonhos de grandeza. (Lembra alguém?). Aproveitou-se para isso do período
em que o preço do petróleo estava nas alturas. (Lembra algo?)
Coube a Maduro, sem carisma, sem experiência como governante, turrão,
tocar a “revolução” em um período de dificuldades acentuadas. (Lembra
alguém?).
Foi uma Caracas deserta que recebeu de madrugada o dos resultados da
eleição. Os moradores da cidade recolheram-se cedo. Postaram-se diante
de televisores. E produziram pequenos ensaios de panelaços.
O vento da mudança, que na Argentina derrotou a presidente Cristina Kirchner, agora soprou forte na Venezuela.
Ricardo Noblat
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