Vários anos atrás, um amigo meu visitou uma exposição de relíquias da viagem do Titanic, de triste memória. Os visitantes da exposição receberam uma réplica do bilhete de viagem como o nome de um dos passageiros ou de membros da tripulação, que décadas antes, tinham embarcado para a viagem de suas vidas. Após o grupo de turistas andar pela exposição observando jogos de talheres de prata e outras peças de arte, o passeio acabou com uma virada inesquecível.
Num grande quadro estavam os nomes de todos os passageiros, incluindo sua posição social – primeira classe, segunda classe, tripulação. Enquanto meu amigo procurava o nome da pessoa cujo bilhete ele estava segurando, percebeu que havia uma linha no quadro dividindo os nomes. Acima da linha estavam os nomes dos que foram salvos e abaixo da linha os nomes dos que estavam perdidos.
Depois do naufrágio, nenhuma menção foi dada a roupas de grife, joias caras, cargo que ocupavam ou posses que possuíam. A posição social que desfrutavam não fazia mais nenhum sentido, a classificação que passaram a ter era simplesmente: salvos e perdidos.
Prof. Menegatti
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