quinta-feira, 8 de abril de 2010

Falta de educação sexual adequada


Muitas pessoas aprenderam cedo na infância que sexo é errado, sujo, um assunto que jamais deve ser comentado por “pessoas de bem”. Pense na sua infância. Como você aprendeu sobre sexo? Aprendeu numa conversa calorosa, franca e amorosa com seu pai e sua mãe, sentados juntos e compartilhando parte da vida amorosa deles com você? Duvido muito. É mais provável que em algum ponto de sua vida sua mãe tenha falado a seu pai: “Você precisa ter uma conversa com seu filho (ou filha) sobre pássaros e abelhas”. E seu pai deve ter falado: “Hã... bem... sua mãe quer falar com você”.

Se você é mulher, durante a pré-adolescência sua mãe, a professora de ginástica ou o ginecologista lhe contou, longamente, sobre o ciclo menstrual. É claro que suas amigas mais velhas já tinham compartilhado essa novidade com você, mas alguém tinha de ensinar-lhe como agir, em questão de higiene, ao chegar o momento de lidar com essa situação excitante, embora assustadora.

No entanto, as informações fundamentais sobre a relação sexual entre homem e mulher chegaram à maioria de nós por meio de amigos “instruídos”, histórias pesadas e rabiscos nas paredes dos banheiros públicos.

De acordo com os casais que atendo em meu consultório, apenas dois por cento deles tiveram o que eles consideraram uma educação sexual adequada. Os pais passaram a esses filhos afortunados as informações, seus sentimentos, suas idéias e seus valores relativamente às questões sexuais.

Uma das razões por que seus pais nunca conversaram com você sobre sexo é que em nenhum momento alguém conversou com eles sobre isso. Manter-se na ignorância era a forma aceitável de viver.

Vamos voltar a nosso auditório. As pessoas ainda estavam rindo quando fiz a pergunta seguinte: “Como vocês chamam a genitália feminina?” Pela segunda vez houve um profundo silêncio em todo o auditório, que estivera próximo da histeria momentos antes. Eu comecei a instiga-los: “Vamos lá! Como nós chamamos a genitália feminina?”.

Finalmente uma mulher se arriscou: “Em minha família, não lhe dávamos nenhum nome. Simplesmente não nos referíamos a ela. Era como se não existisse.” Um homem corpulento e forte, que parecia um sargento dos fuzileiros navais, falou em voz alta: “Eu poderia responder-lhe, doutor, mas não creio que deva fazê-lo aqui”.

Uma das razões que levou aquele homem a pensar dessa forma é que a maioria dos nomes que conhecemos para a genitália feminina é “de baixo calão”. São nomes obscenos, desagradáveis e depreciativos. Por que os nomes para a genitália masculina são engraçados, enquanto as referências à genitália feminina não são nada divertidas?



Kevin Leman

(O Sexo Começa na Cozinha, ed. Mundo Cristão).

Um comentário:

Unknown disse...

OS PAIS DEVEM SER OS MAIORES RESPONSÁVEIS NESTA MATÉRIA;PORÉM MUITOS DELES NÃO POSSUEM ÉTICA NEM MORAL PARA ABORDAR VALIOSO ASSUNTO. O QUE SINTO COMO EDUCADOR É QUE MUITOS JOVENS GOSTARIAM DE FALAR ABERTAMENTE SOBRE O ASSUNTO E GOSTARIAM DE TER UM AMIGO CONFIÁVEL PARA TAL, E TAL AMIGO, PODERIA SER UM PROFESSOR QUALIFICADO. PORÉM ACREDITEM; NEM A PRÓPRIA ESCOLA ATRAVÉS DOS SEUS PROFISSIONAIS ESTÃO PRONTOS PARA TAL; POIS AÍ DO PROFESSOR QUE QUISER ABORDAR POLÊMICO ASSUNTO E EVITAR QUE MUITOS JOVENS SE PERCAM NA PROSTITUÇÃO E NO SEXO DESENFREADO. ELE CERTAMENTE COLOCARIA EM AMEAÇA O SEU PRÓPRIO EMPREGO DEVIDO A PEQUENEZ DE MUITOS PROFISSIONAIS QUE FAZEM PARTE DO MUNDO ESCOLAR; E POR ASSIM SER, O TEMPO PASSA E NADA E FEITO...E O SILÊNCIO CONTINUA...