terça-feira, 27 de abril de 2010

Poemeto


É desimportante que, de repente, eu tenha crescido.
Continuo supondo ser a mesma criança
[ que um dia nasci.



Teófilo Júnior

2 comentários:

Unknown disse...

Belo "Poemeto" Parabéns. Eu também tenho esta mesma sensação; talvez seja por isso que michael Jackson quis resgatar um pouco da sua "infância perdida" quando construiu Neverland. Quando somos pais, entendemos no sorriso de nossos filhos, que eles representam o que existe de mais belo no mundo. Parece que nos tornamos adultos a força;pois o que de fato acontece é que gostariamos que o mundo fosse uma criança, com suas caracteristicas de pureza, verdade e Paz.

Jairo Alves disse...

Morte de uma pombinha branca.

antes, unidas,
e as próprias penas,
dividiam o frio do matrimônio,
e do orvalho que a aurora jorrava,
as duas vidas por inteiro...

depois, ao chão,
trêmulo e quieto,
piava uma tristeza
só,
e dos confins,
apenas,
uma
pena,
sobrevoava
a
solitária
pombinha
branca...


Lembrei-me as tristes cenas,
das penas que voaram,
por minha e tão grande culpa,
quando fui criança,
e não tive pena
das outras que ali eram vidas
inocentes, como a minha...