Posso recusar a palavra
Mas não impedir o poema.
Às vezes nem recuso
E vem ao mundo um poema sujo
Contaminado em suas estruturas
Poema para ser esquecido no fundo de alguma gaveta
Como louco trancado num porão.
Posso recusar a palavra
Mas o poema tem verdade intrínseca,
Vida independente.
O poema não precisa ser bom
O poema não precisa de público
O poema não precisa do poeta
Não precisa nem ser poema para ser poema.
Às vezes, antes da tempestade
Desce um relâmpago
E a verdade se faz tão rápida
Que não é possível capturá-la.
Esse não-poema é poema também
Como é filho aquele que foi abortado.
Luto com palavras
Piso num terreno minado
Não existem mapas
O poema é quem escolhe o poeta.
Victor Colona é um jovem poeta carioca, que sempre atuou nos saraus e intervenções poéticas no cotidiano do Rio de Janeiro. Publicou um livro e tem difundindo suas obras através do seu blog.
Mas não impedir o poema.
Às vezes nem recuso
E vem ao mundo um poema sujo
Contaminado em suas estruturas
Poema para ser esquecido no fundo de alguma gaveta
Como louco trancado num porão.
Posso recusar a palavra
Mas o poema tem verdade intrínseca,
Vida independente.
O poema não precisa ser bom
O poema não precisa de público
O poema não precisa do poeta
Não precisa nem ser poema para ser poema.
Às vezes, antes da tempestade
Desce um relâmpago
E a verdade se faz tão rápida
Que não é possível capturá-la.
Esse não-poema é poema também
Como é filho aquele que foi abortado.
Luto com palavras
Piso num terreno minado
Não existem mapas
O poema é quem escolhe o poeta.
Victor Colona é um jovem poeta carioca, que sempre atuou nos saraus e intervenções poéticas no cotidiano do Rio de Janeiro. Publicou um livro e tem difundindo suas obras através do seu blog.
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