Haddad é Lula. E está à solta. Assim é no mundo do crime: você derruba um chefe, eles põem outro no lugar – e o negócio segue em frente.
Depois de três décadas de crise de identidade, o Partido dos Trabalhadores enfim chegou à perfeição: deu ao Brasil o primeiro candidato a presidente escolhido na cadeia. Agora o PCC sabe quem é que manda.
Representante do maior assalto já perpetrado no mundo democrático
ocidental, Fernando Haddad disse que recebeu uma missão “do Lula”: olhar nos olhos do povo e construir um país diferente. A melhor maneira de construir alguma coisa aqui, responderia o povo, começa com a devolução do dinheiro que vocês nos roubaram.
Nada feito. Não tem devolução, só gastança. Dilma Rousseff, por
exemplo, notória regente da segunda metade do assalto, não só está solta
(é a maior vergonha da Lava Jato, sem dúvida), como lidera a campanha
mais cara para o Senado – superando inclusive vários presidenciáveis.
Contando ninguém acredita.
O Brasil não quer falar disso. Talvez você se lembre, caro leitor, no
auge da explosão da Lava Jato, com tubarões petistas sendo presos em
série até a deposição da companheira presidenta, o que projetavam os que
projetam: o PT nem terá candidato em 2018; talvez sequer exista mais.
Pois bem, aí está: os que projetam estão projetando o PT no segundo turno.
O Brasil virou isso: um lugar onde todo mundo fica tentando adivinhar o que vai acontecer e se dispensa de pensar.
Foi assim que chegamos à primeira eleição presidencial após o assalto petista… sem discutir o assalto petista.
A campanha simplesmente não trata disso – e o respeitável porém
distraído público resolveu comprar esse lunático dilema esquerda x
direita.
Eis o furo de reportagem: é isso que se discute na campanha sucessória de 2018 – essa falsa pantomima ideológica. Agora tirem as crianças da sala: até aqui, o debate eleitoral falou mais de ditadura militar (meio século atrás) do que de petrolão.
O que fazer com o Brasil? Botar em cana por vadiagem? Já que
Lula canta de galo e protagoniza o debate de dentro da cadeia, melhor
soltá-lo e botar o Brasil no seu lugar. Chega de intermediários.
Se o Brasil não sofresse de amnésia profunda e falta de juízo,
Fernando Haddad não teria coragem nem de se candidatar a vereador pelo
PT. Mas ele está por aí dizendo que “é Lula” – dizendo que “é” um
condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, que responde a mais meia-dúzia de processos de onde
provavelmente virá uma boa ampliação de sua temporada no xadrez.
Seria uma vergonha, mesmo para quem não tem um pingo dela. E
sabe por que não é, Brasil? Porque você está aí muito ocupado em
adivinhar o que vai acontecer, enquanto se entretém lendo essas
pesquisas que colecionam erros clamorosos às vésperas de todas as
eleições.
Você não se importa: será que o Lula vai ser preso? Não acredito. Será que o Lula vai ser candidato? Talvez. A ONU mandou liberar…
Pare com esse jogo fútil, Brasil. Se olhe no espelho. A quadrilha que
te humilhou e te jogou na maior recessão da sua história está aí,
sambando na sua cara. Tome juízo. Deplore esse escárnio.
Não posso, responde você. Eles me disseram para parar com a onda de ódio…
Deixa de ser tolo, Brasil. O PT plantou o ódio na população
como truque propagandístico – Lula está há duas décadas ensinando o povo
a não acreditar na Justiça, na imprensa livre e nas instituições de seu
país. É a incitação contra o inimigo imaginário para semear o
“nós contra eles”: há uma elite demoníaca pronta para devorar tudo e eu
vou salvar vocês dela, etc, etc.
Foi por trás desse véu que o PT, ele mesmo, devorou tudo – e continua aí, vendendo a salvação.
O fenômeno Bolsonaro é parte da reação, às vezes cega, às vezes furiosa, a essa impostura. E a tentativa de assassinato do candidato é o desfecho óbvio desse “nós contra eles” que Lula e o PT plantaram muito bem plantado.
O autor do atentado foi filiado por sete anos ao PSOL, o partido
pacifista que incendeia museu, barbariza o patrimônio público e privado e
protege black bloc assassino. Apontar e repudiar esses picaretas que te sugam o sangue é disseminar o ódio, Brasil?
Acorda, companheiro. Antes que seja tarde.
Guilherme Fiúza - GazetadoPovo
O Brasil ficou
estagnado pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) --permanece, desde 2015, na 79ª colocação entre 189 países
analisados. O desempenho brasileiro atualmente é bem diferente do
apresent... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/09/14/brasil-fica-estagnado-no-ranking-do-idh-e-ocupa-79-colocacao-entre-189-paises.htm?cmpid=copiaecola
O Brasil ficou
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