Num fim de tarde, um missionário cristão na Índia,
estava viajando a pé pelas montanhas geladas do Himalaia com um monge
budista. O vento frio parecia cortar sua pele. A noite estava se
aproximando quando o monge o advertiu de que estavam arriscados a
ficarem congelados e morrerem, se não chegassem ao mosteiro antes de
escurecer.
De repente, numa passagem estreita ao lado de um
precipício, eles ouviram um grito de socorro. Ao pé do penhasco estava
um homem caído e muito machucado. O monge disse: “Não pare. Mas o
missionário respondeu: “Deus me enviou aqui para ajudar meu irmão.”
O monge seguiu sozinho, enquanto o missionário descia
para ajudar o ferido. Fez uma tipoia do seu cobertor e o amarrou nas
costas. Com grande dificuldade ele subiu o penhasco, agora ensopado de
suor.
Apesar de muito cansaço e do suor pelo desgaste físico,
ele finalmente viu adiante as luzes do mosteiro. Então, pela primeira
vez, ele tropeçou e caiu. Mas, não pela fraqueza. Ele tropeçou no corpo
do monge congelado e morto.
Anos depois um discípulo lhe perguntou: “Qual é a mais
difícil tarefa da vida”? Sem hesitar o missionário respondeu: “Não ter
um fardo para carregar”.
Prof. Menegatti
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