Desde Freud, a psicologia busca uma explicação para a histeria nas teorias da personalidade volátil, histriônica; a psicanálise a atribue a conflitos edipianos. Apesar das negativas de que a histeria seja uma enfermidade feminina, as questõesda feminilidade ainda são centrais na teoria psicanalítica. O psicanalista britânico Gregorio Kohon afirmou que todas as mulheres passam, em seu desenvolvimento psicossexual, por uma fase histérica em que transferem seus desejos da mãe para o pai. Segundo Kohon, "no fundo do coração, a mulher permanece uma histérica
para sempre.*
para sempre.*
A psicanalista francesa Janine Chasseguet-Smirgel formulou a hipótese da "aptidão femina para a somatização". As mulheres, declara ela, transformam emoção em manifestações físicas porque têm sexualidade mais difusa que a masculina. Em vez de centrar-se num único órgão visível, a sexualidade feminina torna o corpo inteiro disponível para o simbolismo sexual.**
*Gregorio Kohon. Reflexions of a Dora: The Case of Hysteria. International Journal of Psychoanalys, 65 (1984): 73
**Janine Chasseguet-Smirgel. The Femininity of the Analyst in Professional Practrice. International Journal of Psychoanalys, 65 (1994): 169-78.
In Elaine Showalter. Histórias Histéricas: A Histeria e a Mídia Moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. Tradução: Heliete Vaitsman
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