À beira do caminho das
tropas, num tabuleiro grande, onde cresciam a canela-d'ema e o pau-santo, havia
uma tapera. A velha casa assombrada, com grande escadaria de pedra levando ao
alpendre, não parecia desamparada. O viandante a avistava de longe, com a capela
ao lado e a cruz de pedra lavrada, enegrecida, de braços abertos, em prece
contrita para o céu. Naquele escampado onde não ria ao sol o verde escuro das
matas, a cor embaçada da casa suavizava ainda mais o verde esmaiado dos
campos.
(...)
Afonso Arinos (Assombramento - História do Sertão)
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