O edital de licitação, que deve ser lançado na próxima semana, deve prevê um contrato de até R$ 3,2 milhões
O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para licitar a compra de carros blindados para o transporte dos ministros da Corte. Depois
de o tema da violência ganhar destaque na campanha eleitoral, o órgão,
sob orientação da área de segurança, decidiu adquirir 14 veículos
blindados para uso dos 11 ministros, segundo apurou o Estadão/Broadcast. O
contrato deverá ter teto de R$ 3,206 milhões - vence a proposta de
menor valor na concorrência, que será feita por pregão eletrônico.
O edital, que deve ser lançado na próxima semana, prevê a compra de
carros sedã de grande porte, sem especificar marca - os R$ 3,2 milhões
são uma estimativa baseada em preços do mercado.
Os ministros não costumam utilizar carros blindados para se locomover
no Distrito Federal, mas apenas no Rio de Janeiro e São Paulo, onde têm
à disposição veículos alugados à prova de balas. Brasília tem índices de violência menores na comparação com as duas cidades. Segundo
uma fonte ouvida sob reserva, o STF já dispõe de alguns blindados, mas
em baixa quantidade, e não necessariamente para ministros.
Ao assumir a presidência do STF, o ministro Dias Toffoli nomeou como
assessor de seu gabinete o agora indicado pelo presidente eleito, Jair
Bolsonaro, para o ministério da Defesa, general Fernando Azevedo e
Silva. Na época da nomeação, uma das responsabilidades atribuídas ao
militar era a área de segurança.
Ao longo do ano, foram registradas ameaças a alguns dos ministros.
Em abril, o Supremo ampliou de cinco para sete o efetivo à disposição
no Paraná para a segurança do ministro relator da Lava-Jato, Edson
Fachin, após ele relatar ameaças a familiares. Em outubro, a ministra da
Corte e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, também
foi alvo de ameaças, que motivaram a abertura de investigação.
Segundo dados de maio, o Supremo gasta R$ 24 milhões por ano com
empresas de segurança privada - R$ 12 milhões com guarda-costas armados
dos 11 ministros e o restante com um contrato de vigilantes da sede em
Brasília.
DiáriodoNordeste
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