domingo, 18 de novembro de 2018

O poder bate à nossa porta

O domínio do fogo por antigas espécies de hominídeos foi uma descoberta decisiva para a construção da evolução humana. O bando (aldeia) que produzia e dominava aquele assustador elemento detinha um enorme poder sobre os outros bandos. O fogo era um patrimônio, e representava o poder!

Muito mais tarde, houve uma época em que se mensurava o poder e a riqueza de um homem pela extensão de suas terras ou pelo número de seus escravos.

De certo modo, ao longo da história da sociedade humana, poder e patrimônio refletiam e quantificavam influências.

Hodiernamente, com as implementadas transformações sociais, tecnológicas e a velocidade das comunicações, já é perceptível substanciais alterações nessa "balança" de mensurar dominação e poderio.

Na sociedade desse início de século, o "prestígio" vem, paulatinamente, se distanciando da dualidade poder/patrimônio. O que pulula aos nossos olhos é que essa ascendente supremacia se volta à capacidade de captação do conhecimento e informação de cada um de nós. 

Apenas para exemplificar o que defendemos aqui, parece-nos suficiente aduzir a ferocidade e a velocidade como as informações e o conhecimento, ferramentas de poder, acontece nos dias atuais. Indiscutivelmente, é imperioso concluir que uma criança de sete anos de idade detém um número de conhecimento infinitamente superior ao que o Imperador Romano acumulava no auge de Roma.

Hoje, o poder bate à porta do conhecimento, esse impagável fogo de nossa aldeia. 

Teófilo Júnior
Pombalense, escritor, cronista e poeta

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