quarta-feira, 4 de abril de 2018

E o circo chegou!

Eu gosto de circo. Coisa de criança que os anos nem a sisudez da vida conseguiram apagar. Sempre que aporta uma dessas companhias mambembe em nossa cidade, independente de seu tamanho, costumo prestigiar. E lá estou eu, na primeira fila!

Comumente as atrações se repetem, as piadas dos palhaços são previsíveis, o globo da morte é o mesmo e já não tem tanta emoção. O que encanta mesmo é a coragem dessa trupe de viver pelo mundo tentando fazer o povo brasileiro rir.

Eu acho que eu sou um professor e um palhaço que não deu certo. Sempre tentei ensinar e tenho incomum dificuldade para contar piadas. Sou uma criança ainda a procura do seu picadeiro e de seus alunos. Isso talvez explique a minha paixão pelo espetáculo sob lona.

Já a história do circo não é recente. A arte circense, que encanta crianças e adultos, surgiu no Brasil no século XIX, com famílias vindas da Europa. Estas famílias se manifestavam em apresentações teatrais. Os ciganos, também vindos da Europa, apresentavam-se ao público, demonstrando habilidades como doma de urso, cavalos e ilusionismo.

Na China foram encontradas pinturas com quase 5000 anos mostrando contorcionistas, acrobatas e equilibristas.

Decerto, o circo sobreviverá como forma de resistência da arte em nosso país, trazendo um pouco de alegria as crianças que se recusam a crescer.
 

Teófilo Júnior
As fotos são do Circo do Palhaço "Cheirozinho" (assim mesmo, autêntico, escrito com "z")

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