sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Os amigos da rede social da moda

Quem nunca aceitou um pedido de amizade, na rede social da moda, sem conhecer a pessoa de lado nenhum? Quem nunca o fez, que atire com o monitor à cabeça de quem já o fez. Eu confesso que tenho muitos amigos desses. Aceito tudo o que me vem parar à rede. Tudo, tudo, não é bem assim porque não tenho crianças (pelo menos que eu saiba) a verem aquilo que eu escrevo ou partilho. Achei que seria melhor não estar a sujeitar uma pobre criança às minhas palermices… De resto aceito todos os pedidos de amizade. Sou assim, uma alma bondosa e crente…
 
Como eu, há muita gente assim e, também como eu, o grau de arrependimento cresce exponencialmente quando caímos no erro de perder algum tempo com aquilo que essas pessoas acham que têm para dizer ao mundo. Como é evidente, toda a gentinha tem o direito de expressar as suas ideias, os seus sentimentos e mais qualquer coisita que achem por bem partilhar. Ninguém duvida disso. Aliás, é saudável que assim seja. Nem sequer vou pensar que, pelo fato de poder não estar de acordo, sou melhor ou pior do que essa pessoa. Isso não faz sentido.
 
O que me faz pensar que algo está mal é a quantidade de opiniões idiotas, mesquinhas, de gente cretina, racista e homofóbica que começam a fazer “lei” entre os entusiastas do raio da rede social da moda. Por aquelas bandas, os fenômenos estranhos tornam-se verdade num instantinho e as opiniões e os comentários brotam tal e qual cogumelos… venenosos. Confesso que não tenho assim tantos amigos ou amigas paranormais… muito menos perco tempo a ler o que escrevem. Já os identifiquei quase todos. Com uns, ainda perdi algum tempo, para ver até onde a coisa ia. Outros, nem me dei ao trabalho, confesso.
 
Já que parece que me estou a confessar, confesso ainda que continuo com todos os que fui aceitando ao longo da minha existência como ser humano integrante da rede social da moda. Não vejo necessidade de os empandeirar. São inofensivos. Aliás, gosto de os ter como espécimes de estimação, ali, sempre presentes, para me poder rir quando me apetecer. Gosto assim. Também gosto de pensar que, nos momentos em que estou mais desanimado e descrente, posso sempre dar uma vista de olhos pelos “conteúdos” desses “amigos” para não me esquecer daquilo que não devo ser… nem pensar…
 
Há sempre qualquer coisa positiva que se consegue encontrar no meio do lamaçal.
 
 
Fonte a autoria aqui

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