Incapaz de dominar suas mais mesquinhas paixões,
sem controle do próprio egoísmo, tolo,
tonto, sofrido, inseguro e criminoso,
o homem lança suas derradeiras ambições para a posteridade,
quando será imantado numa glória a que não assistirá,
mitificado naquilo que nunca foi.
E sua ânsia de nobreza é colocada em ser esplêndido em cinzas,
faustoso em túmulos,
solenizando a morte com incrível esplendor,
transformando em cerimônia e pompa toda a estupidez de sua natureza.
Millôr Fernandes
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