Uma mulher foi presa em Tóquio por ter invadido a oficina de seu ex-marido — um luthier
— e quebrado 54 violinos, no valor de mais de US$ 1 milhão. O processo
de divórcio do casal já dura 3 anos. Ela é Midori Kawamiya, 34. A
identidade do luthier foi preservada. Ele é descrito como um norueguês de 64 anos.
Não sei o que ele terá feito para ela
reagir assim, mas sinto pelos violinos. Auxiliei a Elena na compra de um
instrumento. Soube que tenho bom ouvido, ouvia de perto, de longe,
avaliava a sonoridade de acordo com os 50 anos de consumo música erudita
que tenho nas costas. Falava sobre o som mais moderno, mais barroco,
etc.
Ela diz que fui fundamental. Espero ter sido porque acabei desenvolvendo amor pelos instrumentos comprados e pela profissão de luthier.
É preciso enorme paciência para aguentar as manias de gente que ouve
zumbidinhos e desconfia de que o seu som não chega até a esquina. Além
de emitirem opiniões incríveis sobre graves e agudos.
Então, considerando que o cara é um luthier,
sei que ele deve ter colado com cuidado milhares de peças, arrumado a
posição de 50 mil almas, trocado 100 mil cordas e crinas, e suportado as
manias de muitos violinistas.
E aí vem a mulher e quebra tudo.
A notícia é incompleta. O que teria feito o luthier para ela reagir assim? Dependendo, até viro de lado.
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