A decisão de
acabarem com a Lava-Jato, por parte dos políticos investigados por ela é
definitiva e irrevogável. Quanto mais desmentirem, mais estarão trabalhando com
esse objetivo. Em todas as frentes. No congresso, no executivo, e no
judiciário. Só não obtiveram, ainda, hesito completo, por conta da opinião
pública. Esta é alimentada pela imprensa livre, inimiga número um das esquerdas
boliviarianas, dos corruptos e corruptores. Em poucos dias nenhum preso,
condenado pelo Moro, estará nas cadeias. Todos estarão em casa, livres para
agirem em suas defesas, eliminando provas, ameaçando testemunhas,
procrastinando seus julgamentos em segunda instância, até se livrarem das penas
por meio de instrumentos legais, ou prescrição etária. Isso significa o fim da
maior e mais competente operação moralizadora ocorrida no Brasil. Uma lástima,
que inócua. Por essa razão, e por todas as outras que venho denunciando, não
acredito numa saída para a nossa crise, a maior da história, com soluções
institucionais vigentes. Quero dizer com isso que com o quadro político
partidário existente, não vamos poder fazer uma eleição em 2018, que possa
consagrar, nas urnas, alguma coisa diferente do que temos hoje. Serão candidatos
pelos mesmos partidos, os mesmos políticos, eleitos pelos mesmos eleitores que
trouxeram o país ao estado de penúria moral, desemprego de mais de 14 milhões
de cidadãos, criminalidade e insegurança brutal. Estados falidos, financeira e
moralmente como é o caso do Rio. Esse quadro não vai mudar, a não ser com uma
nova Constituição Independente. Ainda é tempo de fazê-la com segurança
institucional relativa, ao contrário da Venezuela, que prega o mesmo remédio
para fins ditatoriais. Aqui a nova Constituição viria para restabelecer as
regras político partidárias, e as bases para um crescimento econômico, e social
baseado na iniciativa privada, eliminando a interferência do estado ao máximo,
garantidos os direitos sociais por longos e duradouros anos.
Eduardo P. Lunardelli
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